Com bancada feminina, Simone cobra ministro da Saúde sobre vacina, kit intubação e tratamento precoce
Reunião foi realizada na semana que antecede o início da CPI da Pandemia no Senado
Arquivo –
A bancada feminina no Senado, liderada por Simone Tebet (MDB-MS), se reuniu com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na noite de ontem (20). Durante o encontro, realizado à distância, as parlamentares questionaram e cobraram o titular da pasta sobre as ações de enfrentamento à pandemia de covid-19.
Segundo divulgado pela assessoria de imprensa de Simone Tebet, Queiroga foi perguntado sobre o ritmo da distribuição de vacinas e de entrega de medicamentos do kit intubação a estados e municípios.
O ministro respondeu que a falta de insumos, medicamentos e imunizantes não é exclusiva do Brasil. Além disso, negou que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) foi displicente com relação à compra de vacinas, mas reconheceu atrasos na entrega das doses efetivamente contratadas.
A bancada feminina no Senado mandou ofício à OMS (Organização Mundial de Saúde) para alertar sobre a situação da pandemia no Brasil. A carta ainda teve o propósito de sensibilizar empresas e laboratórios a enviarem com mais rapidez medicamentos usados no procedimento de intubação de pacientes da covid-19.
Simone e as demais senadoras também questionaram sobre tratamento precoce, campanhas de conscientização da população, diretrizes sobre inclusão de pessoas com comorbidade e deficiências nos grupos prioritários da vacina e redução no orçamento da Saúde.
Marcelo Queiroga indicou meta de voltar a imunizar 1 milhão de pessoas por dia. Além disso, destacou uma mudança de conduta no ministério em relação à gestão anterior, do general Eduardo Pazuello. Segundo ele, desde sua chegada se restabeleceu o uso obrigatório de máscaras, álcool em gel e medidas de distanciamento.
O novo ministro, médico cardiologista, ainda afirmou que formou uma equipe técnica, composta por profissionais comprometidos com a Ciência. Ele atendeu as senadoras com um time de assessoras.
Sobre tratamento precoce – muitas vezes incentivado por Bolsonaro, embora os medicamentos usados não sejam eficazes contra a covid-19 e possam até acelerar uma eventual morte -, Queiroga se posicionou contrário. O ministro completou dizendo que é favorável ao atendimento médico imediato quando manifestados os primeiros sintomas da doença.
A reunião foi realizada na semana que antecede o início dos trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia no Senado. A primeira reunião do grupo que vai investigar as ações – ou a inércia – do governo federal perante a emergência em Saúde será na próxima terça-feira (27).
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