TRE mantém cassação e Miranda terá que eleger novo prefeito

O Tribunal Pleno do TRE-MS (Tribunal Eleitoral de Mato Grosso do Sul) manteve a sentença de primeira instância pela cassação do mandato da prefeita de Miranda, Marlene Bossay (PMDB), por compra de voto e abuso poder econômico. Como a decisão inicial havia cassado a chapa da prefeita incluindo seu vice, fica à frente da prefeitura […]

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O Tribunal Pleno do TRE-MS (Tribunal Eleitoral de Mato Grosso do Sul) manteve a sentença de primeira instância pela cassação do mandato da prefeita de Miranda, Marlene Bossay (PMDB), por compra de voto e abuso poder econômico. Como a decisão inicial havia cassado a chapa da prefeita incluindo seu vice, fica à frente da prefeitura o presidente da Câmara de Vereadores, Edson Moraes de Souza (PDT), e será realizada eleição nova eleição no município.

Na sessão, realizada no final da tarde desta segunda-feira (22), sete integrantes do TRE votaram pela manutenção da sentença seguindo o relator do processo, juiz eleitoral Abrão Razuk.

A única alteração na decisão inicial foi a redução da multa aplicada sobre Marlene, que passou de R$ 30 mil para R$ 10 mil. Conforme informado pela assessoria de imprensa do TRE, o valor estava acima do necessário.

Ainda cabe recurso da decisão. Como a chapa inteira foi cassada, serão realizadas novas eleições. Segundo o TRE, o presidente da Câmara permanece no cargo de prefeito até a realização do pleito.

Compra de votos

Conforme denúncia, durante a campanha de 2016 o filho da prefeita, Alexandre Bossay, foi flagrado e preso quando entregava cestas básicas na aldeia Lalima, em Miranda. Ainda teriam sido encontrados vários tickets em postos de combustíveis, que teriam sido repassados a eleitores. No processo, foram cassados a prefeita e seu vice. O filho dela também ficou inelegível.

O processo já havia sido retirado quatro vezes de pauta seis vezes, quatro a pedido do relator, uma vez a pedido da advogada de defesa e mais duas vezes a pedido dos membros da corte do TRE-MS.

 

Matéria editada às 18h45 do dia 23 de abril para inclusão de posicionamento do TRE-MS. Diferente da informação inicial de que a Câmara escolheria o novo prefeito, o Tribunal Eleitoral retificou comunicando que será necessário realizar novas eleições diretas no município, com a população indo às urnas escolher o novo prefeito. 

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