Fechamento do Congresso e do STF: discurso radical marca ato pró-Bolsonaro
Apesar de atualmente as manifestações reivindicarem a aprovação da reforma da Previdência, combate à corrupção e apoio a Jair Bolsonaro (PSL), no mês de abril, quando as convocações para o ato deste domingo (26) começaram, estavam em pauta questões como o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso Nacional. Entre os manifestantes que […]
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Apesar de atualmente as manifestações reivindicarem a aprovação da reforma da Previdência, combate à corrupção e apoio a Jair Bolsonaro (PSL), no mês de abril, quando as convocações para o ato deste domingo (26) começaram, estavam em pauta questões como o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso Nacional.
Entre os manifestantes que estão na Avenida Afonso Pena, em frente à sede do MPF (Ministério Púbico Federal), o que se vê são poucas pessoas com cartazes criticando o Congresso e o STF, mas elas estão lá representando a ala mais radical do movimento.
O funcionário público aposentado Walmir Bitencourt, de 57 anos, faz coro àqueles que criticam o chamado centrão (grupo informal com cerca de 200 deputados de partidos como PP, DEM, PRB, MDB e Solidariedade).
“São os principais articuladores contra o governo Bolsonaro, fazendo de tudo para travar as pautas de interesse do governo”, diz Bitencourt. “O centrão está querendo formar um governo paralelo com o Supremo, com tudo. Tudo isso para tirar o poder do Bolsonaro, mas não vão conseguir”.
Segundo o servidor aposentado, “o STF é o maior obstáculo ao governo”, sendo que todos os ministros têm “rabo preso”. E acredita que, caso Bolsonaro fique isolado, ele pode apelar ao militarismo.
Já a também funcionária pública aposentada Marlene Loureiro, 60 anos, diz que o centrão é uma “vergonha nacional”. “Estão trancando propositalmente as pautas prioritárias do governo. O Bolsonaro tem boas intenções, mas este conchavo está claro”, avalia.
O mesmo tom segue quando fala sobre o Superior Tribunal de Justiça. “O STF é uma vergonha e não sobra ninguém. Estão ficando amedrontados porque o povo está indo para a rua apoiar as ações do governo”.
No entanto, quando questionada sobre os efeitos dos discursos mais radicais, Marlene afirma que “os excessos não fazem parte do discurso democrático” e que não compactua “com discurso extremista”.
No entanto, chama a atenção ver uma manifestante carregar um cartaz que diz: “Bão mesmo, seria se um ministro pegasse aftosa… Aí nóis tinha que sacrifica o STF inteiro (sic)”. Como pode ser conferido na imagem abaixo.
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