‘Cansado de polarização, eleitor resolveu ir para eixo da extrema direita’, diz Reinaldo
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira (16), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) fez uma avaliação sobre o fracasso da candidatura do PSDB à presidência da República, a ascensão de Jair Bolsonaro (PSL) como candidato da extrema direita, e voltou a defender o que chama de reformas estruturantes. Para o chefe do […]
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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira (16), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) fez uma avaliação sobre o fracasso da candidatura do PSDB à presidência da República, a ascensão de Jair Bolsonaro (PSL) como candidato da extrema direita, e voltou a defender o que chama de reformas estruturantes.
Para o chefe do Executivo de Mato Grosso do Sul, o fim da hegemonia na disputa entre PT e PSDB, que durou 24 anos, ocorreu devido ao cansaço dos eleitores, o desejo de mudança, e que seu partido, o PSDB, “não soube apresentar um discurso sintonizado com aquilo que a população entendia como prioridade”.
“A alternância de poder é natural das democracias no mundo todo. O Brasil teve de fato um longo período de uma disputa entre dois partidos. O Fernando Henrique ficou dois mandatos consecutivos. O Lula e a Dilma ficaram três mandatos e meio. Isso é muito tempo. Existia um cansaço da população nessa polarização. […] E o eleitor resolveu mudar, indo mais para um eixo da extrema direita, que é o que o Bolsonaro representou”, avalia Reinaldo.
Em uma autocrítica, o governador tucano diz que foi “um grande erro” seu partido ter participado da gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB). “Eu entendia que o PSDB deveria aprovar todas as reformas, por se tratarem de medidas importantes para o país, mas não deveria ocupar ministérios, ocupar cargos, até para manter a sua autonomia”, diz.
Reinaldo defende uma reciclagem de lideranças no ninho tucano, que segundo ele, está vinculado ao eixo Minas Gerais-São Paulo, por conta da disputa entre José Serra, Alckmin e Aécio Neves.
“O partido e suas lideranças não olharam o Brasil. Sempre reclamamos das nossas votações no Nordeste, mas nunca falamos pro nordestino como uma política de partido. Nós nunca olhamos o eixo Norte-Centro Oeste. Então, é o momento de fortalecer o partido, falar com essas regiões das quais nos distanciamos e trazer novas lideranças, trazer novas cabeças para a executiva e sair desse eixo”, explica.
Sobre a gestão de Jair Bolsonaro, a quem apoiou no segundo turno das eleições, Reinaldo diz que pretende apoiar a pauta das reformas e ajudar o governo, sem negociar cargos.
“Daremos apoio à pauta Brasil. Sem reforma da Previdência, sem desburocratização, sem reforma tributária, sem um novo pacto federativo, não tem saída, não vai ter milagre pro país avançar. O Bolsonaro já deu o tom e nisso concordamos plenamente: menos Brasília e mais Brasil”, voltou a dizer o governador de MS.
A entrevista completa pode ser conferida ao clicar aqui.
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