Dois dos cinco deputados tucanos da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) divergiram nesta quarta-feira (05) do consenso anunciado após os tucanos afirmarem que o deputado Paulo Correa é o candidato do partido para disputar a presidência da Casa.

Depois da coletiva de Onevan de Matos, que anunciou apoio a qualquer outra chapa que não seja a do PSDB, o deputado Felipe Orro afirmou que não foi ao anúncio oficial na sede do partido nesta terça porque sequer foi convidado.

“O que aconteceu foi um desrespeito. Na semana passada eu havia sido informado da reunião há sete dias. Fui e não tinha ninguém lá, quando iam fazer esse anúncio. Ontem ninguém do partido nem me ligou”, disse.

O parlamentar disse estar em Aquidauana, porém, em um local sem sinal. “Não podiam ter marcado e anunciado assim, sem todos os deputados. Eu me senti desrespeitado”. Orro disse ainda não saber da situação e que só vai se posicionar em relação a apoiar ou não Correa como candidato após conversar com os tucanos.

‘Se fosse consenso o nome não seria ‘partido’ ”

Tucanos falam em consenso, mas além de coletiva, Orro diz que não foi chamado para anúncioRinaldo Modesto (PSDB) minimizou o anúncio de Onevan. “Não fui influenciado pelo governo. Votei com a minha consciência e aqui todo mundo é maior de idade. E outra: se fosse consenso, o nome não seria ‘partido’. As divergências são naturais na política”.

O candidato, Paulo Correa, disse ter simpatia de muitos dentro do PSDB. “É natural que o Onevan sinta algum tipo de constrangimento. Eu sou o candidato do partido, tenho meus apoios e acho normal ter divergência. É apenas um cargo a síndico da Assembleia. É natural que o perdedor busque um culpado. Eu adquiri simpatia do Sérgio de Paula, do Beto Pereira. Entrei em abril, mas existem várias pessoas que gostam de mim e a decisão foi dos cinco deputados”, minimizou.