Sérgio Moro aceita denúncia e ex-senador Delcídio do Amaral vira réu na Lava Jato

Esta é a 1ª vez que Delcídio vira réu na Justiça Federal do Paraná

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Esta é a 1ª vez que Delcídio vira réu na Justiça Federal do Paraná

O ex-senador de Mato Grosso do Sul, Delcídio do Amaral, agora faz parte de denúncia aceita pelo juiz Sérgio Moro, junto a outras dez pessoas na Operação Lava Jato. Esta é a primeira denúncia aceita pela Justiça Federal do Paraná contra Delcídio, que já havia se tornando réu na 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília por obstrução à Justiça.

Nesta denúncia, os envolvidos, incluindo Delcídio, respondem como réus ao processo que investiga o pagamento de vantagens indevidas em contratos da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Conforme o G1, consta na denúncia que na Diretoria Internacional da Petrobrás, dirigida por Nestor Cuñat Cerveró, havia a praxe da cobrança de vantagem indevida sobre contratos da área, com divisão entre o diretor e os seus subordinados.

A Refinaria de Pasadena estaria em péssimas condições de funcionamento, ainda conforme a denúncia, mas ainda assim elas foram ignoradas na aquisição pela Petrobrás, motivados os agentes da Petrobras com os ganhos com vantagens indevidas.

Para viabilizar a compra, ainda conforme o MPF, foi ignorado relatório e avaliação que haviam sido na época feito pela empresa de consultoria Aegis Muse e foi ainda fraudado relatório de conclusão da visita dos agentes da Petrobrás à Refinaria.

Relata ainda o Ministério Público Federal que foram inseridos bônus no pagamento, de cerca de vinte milhões de dólares sem aprovação prévia da Diretoria Executiva.

A denúncia cita que Cerveró recebeu US$ 2,5 milhões, tendo repassado um milhão, por cinco entregas em espécie, a Delcídio. Em troca, o ex-senador teria dado sustentação à nomeação e à permanência de diretores em cargos da Petrobras.Sérgio Moro aceita denúncia e ex-senador Delcídio do Amaral vira réu na Lava Jato

Delação

Delcídio do Amaral firmou com a Procuradoria Geral da República (PGR) um acordo de delação premiada em troca de possível redução de pena.

Ex-líder do governo Dilma Rousseff, Delcídio deixou a prisão em 19 de fevereiro de 2016, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), após ter ficado 87 dias na cadeia acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

(Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

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