Em nota, Marun diz que investigação da PF tenta o ‘retaliar e enfraquecer’
Ministro falou sobre investigação da PF
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O ministro da Secretaria de Governo da República, Carlos Marun (MDB), rebateu, neste sábado, informações publicadas pelo Jornal Folha de S. Paulo sobre investigação da Polícia Federal que indicaria fraude no Ministério do Trabalho para atender o ministro.
Em nota publicada nesta manhã, Marun afirmou que as informações têm o objetivo de enfraquecer e o retaliar porque ele questiona abusos de autoridade praticados.
“Na verdade, estão usando o fato de eu me predispor a atender com atenção os pleitos que me chegam de MS para tentar retaliar e enfraquecer o ministro que questiona abertamente os abusos de autoridade praticados, especialmente no inquérito dos Portos”, disse.
O ministro afirmou, ainda, que não possui interesses políticos porque não é candidato nessas eleições. “Que vantagem indevida buscaria eu junto a Sindicatos que reúnem servidores da Justiça Federal e do Ministério Público?”, questionou.
Durante a semana, o ministro protocolou queixa-crime na Polícia Federal e na PGR (Procuradoria-Geral da República) com pedido de abertura de inquérito para apurar supostos vazamentos de informação relacionadas à Operação Registro Espúrio.
Investigação
Segundo a Folha de S. Paulo, a Polícia Federal pediu autorização para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços de Marun e de sua chefe de gabinete, Vivianne de Melo, mas a Procuradoria-Geral da República entendeu que, por ora, não havia provas de que o emedebista integrava a organização criminosa.
No despacho de sexta (29) em que afastou do cargo o ministro do Trabalho, Helton Yomura, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator das investigações da Operação Registro Espúrio, concordou com o posicionamento da PGR, mas destacou trechos que reforçam suspeitas sobre Marun.
Em suas manifestações ao Supremo, a PF e a PGR apontaram que materiais apreendidos anteriormente pela Registro Espúrio, como mensagens de celular, mostram que Marun “se vale de sua força política para solicitar concessões de registros das entidades [sindicais] de seu interesse”.
Há conversas entre a chefe de gabinete de Marun, Vivianne, e Renato Araújo Júnior, ex-coordenador de Registro Sindical do Ministério do Trabalho atualmente preso, que, para os investigadores, evidenciam as demandas do ministro da Secretaria de Governo dentro do Ministério do Trabalho.
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