Sindicalistas e Elizeu voltam a trocar farpas sobre suposta agressão
Deputados querem a Câmara no acompanhamento do inquérito
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Deputados querem a Câmara no acompanhamento do inquérito
Um grupo de sindicalistas, que forma o Comitê Estadual Contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista, acusa o deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB) de tentar criminalizar as manifestações contra as reformas em questão, e negam as agressões que o tucano alega ter sofrido no último dia 28 de março no Aeroporto da Capital.
“Não houve agressão alguma ao parlamentar, que já chegou escoltado por seguranças”, explicou Ricardo Bueno, presidente do Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul) um dos intimados pelo 6º Departamento de Polícia da Capital, para depor sobre a acusação de agressão, registrada pelo tucano.
Outro dos sindicalistas intimados, Weberton Sudário, presidente da Fetricom/MS (Fed. dos Trab. nas Ind. da Construção Civil de MS), manteve o discurso de que não houve agressão, e prometeu mais mobilizações contrárias às reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB).
“Se não mostrarmos a força do povo nesse dia, essas reformas, que prejudicam a todos, certamente vão passar e depois, não adianta chorar”, disse Sudário, destacando uma nova greve geral marcada para 28 abril, que deve acontecer em todo o país.
Repercussão
No plenário da Câmara, Elizeu criticou uma nota divulgada pelo presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, e chamou o grupo de sindicalistas de ‘quadrilha’ que não age em favor do trabalhador.
“Quem vai definir isso (se houve agressão) é a Polícia Civil, o Judiciário. Não cabe à Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul, nem ao senhor Roberto Botareli, junto com seus comparsas, tomar juízo de valor”, disparou Dionizio, que ganhou adesão de colegas.
O deputado Rocha (PSDB-AC) chegou a pedir ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que designasse a Procuradoria da Casa para acompanhar a investigação da suposta agressão. “Nós não podemos permitir que parlamentares sejam agredidos a qualquer pretexto, sejam eles de que partido for”, disse o tucano.
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