Relator da CPI, Marun diz que não se sente impedido por ser aliado de Temer
‘Vou agir (…) com coragem, firmeza e justiça’
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‘Vou agir (…) com coragem, firmeza e justiça’
Integrante da tropa de choque do presidente Michel Temer, Marun (PMDB-MS) afirmou que não se vê impedido e não tem constrangimento em assumir a relatoria da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS.
“Não me sinto constrangido em ser o relator pelo fato de ser aliado do presidente Temer. Muito menos, impedido de assumir a relatoria. Vou agir como sempre fiz em minha vida pública: com coragem, firmeza e justiça”, disse.
Escolhido na última terça-feira (12) como relator, o parlamentar sul-mato-grossense é vice-líder do PMDB na Câmara e presidiu a Comissão Especial que discutiu a reforma da Previdência (PEC 287/16), tema marcado por polêmicas, por impactar na vida de milhões de brasileiros.
A CPMI foi instalada na última semana e, de acordo com a assessoria do deputado, terá como foco investigar os empréstimos obtidos pelo grupo J&F, que controla a JBS, ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e, ainda, apurar as condições em que foi firmado, no âmbito da Operação Lava-Jato, o acordo de colaboração premiada entre os executivos da companhia e o Ministério Público Federal.
A comissão mista (da Câmara e do Senado) já conta com mais de 140 requerimentos, entre eles, a convocação dos irmãos Batista e do executivo da J&F, Ricardo Saud; dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff; dos ex-ministros José Eduardo Cardozo e Guido Mantega; do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha; e do ex-procurador da República, Marcello Miller. Conforme Marun, todos os requerimentos irão passar por uma criteriosa avaliação antes das convocações serem submetidas à aprovação da Comissão.
Ele ressaltou que o poder de investigação das comissões de inquérito foi ampliado com a edição da Lei 13.367, sancionada em dezembro de 2016. “Agora os parlamentares podem pedir à Justiça até a apreensão de materiais sempre que houver sérios indícios da origem ilícita de bens”, disse.
Na próxima quarta-feira (20), Marun pretende apresentar o plano de trabalho da comissão.
Marun disse ainda que acredita ter sido escolhido para a relatoria por causa do seu comportamento na comissão da reforma da Previdência. “Sem dúvida, a forma séria e equilibrada com que conduzi a comissão da reforma da Previdência tem grande parte na confiança depositada em meu nome para assumir essa outra importante missão”.
Questionado sobre a escolha do deputado sul-mato-grossense, o governador Reinaldo Azambuja elogiou Marun.
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