Justiça espera dados sobre Plano Diretor para decidir se mantém ação

Audiência de conciliação foi frustrada

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Audiência de conciliação foi frustrada

Audiência de conciliação entre Prefeitura, OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso do Sul) e MPE-MS (Ministério Público Estadual) sobre o plano diretor de Campo Grande acabou frustrada, segundo o juiz David de Oliveira Gomes Filho. Isso porque faltam algumas informações. Portanto, o Executivo tem 10 dias para entregar as atas das reuniões que ocorreram em 2016 e para explicar qual é a forma de divulgação das agendadas para junho e julho deste ano.

No final do ano passado a OAB-MS ingressou com ação pedindo que a população fosse ouvida antes que o plano fosse oficializado. A Justiça concedeu liminar e o prefeito Marquinhos Trad (PSD) deu início ao cronograma de reuniões fito por esta gestão. A Ordem se deu por satisfeita e pediu para homologar acordo firmado com a Prefeitura e extinção do processo.

O MPE-MS, porém, se posicionou contrário e quer dar continuidade ao trâmite até que os resultados dos encontros e a participação popular sejam comprovados. A audiência foi marcada para tentar sanar o impasse, porém sem sucesso.

“Aberta a audiência, a conciliação restou frustrada. O juiz acessou o site http://planodiretorcampogrande.com.br e percebeu que várias reuniões aconteceram no ano de 2016, que existe um agendamento/cronograma com dezenas de outras reuniões públicas acontecendo nos meses de junho e julho de 2017 e o magistrado pediu ao Município que nos traga as atas referentes àquelas reuniões que já aconteceram. Também diga que veículos estão sendo utilizados na divulgação”.

Cobrança

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Populares alegavam que falha da divulgação, enquanto os organizadores justificavam que os conselheiros de cada região foram encarregados de propagarem as reuniões e o fizeram durante entrevista para rádio.

O que é?

O Plano Diretor é o principal instrumento que orienta as políticas públicas e a direção para a qual caminha o desenvolvimento das cidades. Ele foi instituído pela Lei Federal 10.257/2001 do Estatuto das Cidades, e deve ser revisado a cada 10 anos. As reuniões que discutem o novo Plano nos bairros de Campo Grande só ocorreram depois que a Comissão de Direito Mobiliário, Urbanístico, Notorial e Registral da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul) ingressou com ação civil pública.

A comissão criticou a aprovação ‘a toque de caixa’ do documento, que começou a ser revisado ainda durante a gestão de Alcides Bernal (PP), que contratou uma empresa de Curitiba para elaborar o documento.

 

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