Delação de membros da organização colaborou com Operação em MS, diz CGU
Grupo teria desviado R$ 235 milhões, segundo PF
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Grupo teria desviado R$ 235 milhões, segundo PF
Os depoimentos de membros da que foi chamada de ‘organização criminosa’ pela Polícia Federal acabaram colaborando com a deflagração da quinta fase da Operação Lama Asfáltica em Mato Grosso do Sul, a Papiros de Lama, que acontece nesta terça-feira (14), segundo informações da CGU (Controladoria-Geral da União – Ministério da Transparência).
A nova fase da investigação decorre também da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, relacionado com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas. Ao todo, o grupo teria desviado mais de R$ 235 milhões em recursos públicos por meio de fraudes em licitações, superfaturamento de obras, entre outras irregularidades.
Os recursos desviados, segundo as investigações, passavam por processos elaborados de ocultação da origem. Há provas já existentes acerca de desvios e superfaturamentos em obras, direcionamento de licitações, uso de documentos falsos, aquisição ilícita e irregular de produtos e obras, concessão de créditos tributários direcionados e pagamento de propinas a agentes públicos.
Os valores repassados por propina eram mascarados com diversos tipos de operações simuladas, de forma a dar falsa impressão de licitude ao aumento patrimonial dos integrantes da organização ou de dar maior sustentação financeira aos projetos. Uma das novas formas descobertas da lavagem de capitais era a aquisição, sem justificativa plausível, de obras jurídicas, por parte de empresa concessionária de serviço público e direcionamento dos lucros, por interposta pessoa, a integrante do grupo criminoso.
Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva; dois de prisão temporária; seis de condução coercitiva; 24 de busca e apreensão; além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. As medidas estão sendo cumpridas em Campo Grande (MS), Nioaque (MS), Aquidauana (MS) e São Paulo (SP), com a participação de mais de 300 pessoas, entre policiais e auditores da CGU e da Receita Federal.
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