Ao lado de advogado, Marun visita Puccinelli na prisão durante o feriado

André e filho dividem cela com mais 18 presos

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André e filho dividem cela com mais 18 presos

Acompanhado do advogado Renê Siufi, o deputado federal Carlos Marun (PMDB) visitou nesta quarta-feira (15), feriado da Proclamação da República, o ex-governador André Puccinelli no Centro de Triagem – uma prisão de segurança média, em Campo Grande. Marun já havia visitado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) na prisão da Lava Jato no fim de 2016.

Após deixarem o estabelecimento penal, Renê Siufi e Marun deram entrevista à imprensa e criticaram a prisão. Eles disseram que André Puccinelli e André Puccinelli Filho, presos na operação Papiros de Lama (desdobramento da Lama Asfáltica), estão dividindo a cela com mais 18 presos.

Renê Siufi afirmou que irá entrar com um habeas corpus na quinta-feira (15), pedindo a liberdade do cliente. “Vou apresentar amanhã porque hoje é feriado. Foi uma prisão sem fundamento, baseada em uma delação sem provas”, disse.

Isopor cheio

O advogado afirmou que a delação premiada do pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda é inverídica porque não seria possível colocar tanto dinheiro em uma caixa de isopor.

De acordo com a delação, quatro frigoríficos repassariam R$ 400 mil em propinas a André. Depois da compra de outras unidades pelo Grupo JBS, o valor teria saltado para até R$ 2 milhões mensais.

Solidariedade

Marun afirmou que Puccinelli foi tratado com respeito pelos outros detentos, mas fez críticas à decisão de prender o amigo. Ele também afirmou que Puccinelli está revoltado, mas com moral elevada.

“Eu esperava encontra-lo prostrado, mas muito ao contrário. Ele está revoltado com a prisão, mas com moral elevada e foi bem tratado pelos outros presos”, afirmou o deputado.

O vice-líder do PMDB na Câmara disse ainda que o delator Ivanildo é um “bandido” e que fez uma delação incompleta e que é preciso ter muito cuidado para não se fazer injustiças. “Quem delata é bandido e é preciso ter provas e ver se a delação é só essa”.

Marun, que também é advogado, afirmou ainda ter certeza de que não existem elementos para justificar a prisão do ex-governador. “Ele não fez ameaças a ninguém e nem coagiu testemunhas”, declarou.

 

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