Taxi x Uber: Sintaxi quer ‘sensibilizar’ bancada para lei de regulamentação

Deputados vão analisar na próxima semana projeto

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Deputados vão analisar na próxima semana projeto

Desde que chegou ao Brasil, o Uber, aplicativo que permite ao usuário ‘encomendar’ um motorista para uma corrida a um custo menor que o táxi, provocou alívio no bolso de muitos passageiros e causou confusão e reclamações dos taxistas, que se uniram para cobrar do Congresso Nacional a regulamentação dos ‘apps’ com fins de transporte.

“Existe uma banalização acontecendo nas cidades brasileiras, pois a maneira como isso (apps de transporte) está sendo colocado é altamente danoso. Não há recolhimento de tributo, não há fiscalização, não há cadastro (dos motoristas) e há um enchimento da malha viária e em alguns setores um aumento do tráfego de ilícitos”, dispara o presidente do Sintáxi-MS (Sindicato dos Taxistas de Mato Grosso do Sul), Bernardo Quartin.

Ontem, segunda-feira (28), o sindicato da categoria recebeu membros da bancada federal, com o intuito de ‘sensibilizá-los’ para votação do Projeto de Lei 5587/16, que trata da regulamentação do serviço de transporte de passageiros.

“A ideia não é acabar com essas plataformas digitais mas sim regulamentar o serviço e preservar o mercado de trabalho dos taxistas. Me comprometi com a categoria a votar a favor da proposta na Câmara”, frisou o deputado Vander Loubet (PT).

Já a deputada Tereza Cristina (PSB) explicou que a matéria em tramitação no Congresso garante aos taxistas a exclusividade no transporte individual de passageiros em todo o território brasileiro.

“O texto torna ilegais todos os serviços prestados por motoristas privados mediante aplicativos digitais, como o Uber. Há necessidade de se estabelecer um equilíbrio e que alternativas sejam colocadas em prática de forma que não prejudiquem os taxistas, garantam a segurança dos consumidores e não acarrete impactos negativos para a gestão pública”, destacou Tereza.

Quartin afirma que o PL visa ‘proteger’ a sociedade, já que ele alega que os taxistas garantem injeção de recursos na economia local, com a compra de pneus, consertos nas oficinas e troca de veículos nas concessionárias.

“É como se eu enchesse uma Kombi de calça jeans e fosse vender na esquina da 14 (Rua 14 de Julho, principal via do comércio varejista da Capital)”, disse o sindicalista sobre o Uber.

Sindicatos de todo o país estarão em Brasília no começo de dezembro (votação marcada para o dia 6), para acompanhar a análise da matéria no plenário da Câmara. Além de Tereza e Vander, Dagoberto Nogueira (PDT) também esteve no Sintáxi, e Mandetta (DEM) teria enviado representante, segundo a diretoria da entidade.

“A sociedade, assim como defende bandido em algumas ocasiões, defende essa ilegalidade. A PL vem dar fundamento para proteger a sociedade desse aplicativo”, finaliza Bernardo. 

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados

prefeita eldorado
adriane reforma