Servidor da Câmara paga fiança de R$2,6 mil para sair e diz desconhecer munições

Casa de procurador foi alvo de buscas hoje

O Procurador-geral da Câmara de Vereadores de Campo Grande, André Scaff, pagou fiança de três salários mínimos para ser liberado da delegacia, o que dá R$ 2,640,00. O delegado Enilton Zalla falou com a imprensa e confirmou que foram encontradas na casa de Scaff 16 munições calibre 38, mas que ele, em depoimento, afirmou não saber o motivo desses objetos terem ido para em sua residência.

“De fato, encontramos 16 munições na casa dele, mas ele relatou durante o depoimento, que morou na residência que estavam as munições durante 20 anos, mas tem dois meses que mudou do endereço. Ele disse que não sabe o motivo dessas munições estarem na casa, que ainda está em seu nome. O depoimento foi rápido e durou cerca de 25 minutos”, disse o delegado.

“Não tenho arma registrada em meu nome. Já tive há muito tempo, mas na época, tinha porte e a arma era registrada”, disse Scaff, em depoimento, segundo o delegado.

O delegado informou que agora vai se feita perícia das munições e em 30 dias irá concluir o inquérito, sendo encaminhado na sequência para o poder judiciário e logo após para o Ministério Público decidir se será aberta denúncia ou não.

MPE

Durante a reunião do Colégio de Procuradores, o Procurador-Geral de Justiça, Paulo Cezar Passos, revelou que o Gaeco cumpria mandados de busca e apreensão ‘em toda a cidade, inclusive na Câmara’, onde tinham um alvo específico, o gabinete de Scaff.

Passos revelou que a ação do Grupo aconteceu depois de um encontro dele com o Gaeco e a Força Tarefa da Lama Asfáltica, porém não deixou claro se a operação de hoje é fruto deste encontro, no qual discutiram também a Operação Fazendas de Lama.