Romero relata a Lei Orçamentária na Câmara da Capital

O relator da LOA (Lei Orçamentária Anual) na Câmara da Capital, vereador Eduardo Romero (REDE), questionou, durante a sessão desta terça-feira (22), a promessa do prefeito Alcides Bernal (PP) de isentar de ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) o serviço público de transporte coletivo.

Após a reunião entre as equipes de transição de Bernal e do prefeito eleito Marquinhos Trad (PSD), o progressista revelou que enviaria nesta terça-feira o projeto com isenção do imposto para a Câmara, o que significa, na prática, congelamento da tarifa de ônibus na Capital.

Segundo Romero, desde 2013 a Câmara aprova a isenção do imposto para o Consórcio Guaicurus, concessionária do serviço de transporte pública na Capital, mas no período houve reajuste da tarifa, ou seja, mesmo não pagando o imposto as empresas aumentaram a passagem de ônibus para o campo-grandense.

“Temos vários questionamentos e preocupações. Se é isenção do ISS é o legislativo que vota, e precisamos ver se (promessa do prefeito) é só um presente de grego ou  uma coisa par inglês ver”, pontua o vereador reeleito do REDE.

O parlamentar questiona ainda se o projeto a ser apresentado por Bernal terá alguma compensação pela isenção do imposto para o Consórcio Guaicurus, ou seja, ele quer saber se a prefeitura prevê outra fonte de arrecadação para o que vai deixar de receber do tributo das empresas de transporte coletivo.Romero quer saber se projeto com reajuste será analisado só no fim de 2017

“Em momento de crise não dá para dispensar arrecadação, e só congelar tarifa também não resolve problema. Os ônibus e terminais estão sucateados, os terminais sem brigada de incêndio, há deficiência de itinerário, o georeferenciamento previsto no edital está atrasado há dois anos, e a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados) não funciona para cobrar”, frisou Eduardo Romero.

Para o vereador apenas a isenção não vai satisfazer a população que utiliza o serviço diariamente. Ele também criticou a Agereg por não fiscalizar como deveria as concessionárias de lixo, água e esgoto da Capital.