Marun diz ‘não ver nada de consistente” em gravações de Jucá

Para deputado, ministro não tentou intervir na Lava Jato 

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Para deputado, ministro não tentou intervir na Lava Jato 

Sobre conteúdo de gravações de conversas entre um dos principais articuladores do processo de impeachment de Dilma Roussef, o ministro do Planejamento Romeró Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o deputado fereral Carlos Marun (PMDB-MS) diz que não vê qualquer materialidade nas gravações que comprovem possível intervenção nas investigações da Lava Jato e que prefere deixar posicionamento nas mãos do presidente interino Michel Temer (PMDB).

“Ao meu ver não houve qualquer tentativa de interferência nas investigações da Lava Jato e prefiro aguardar posicionamento do presidente, pois confio na decisão do Temer. Pra mim, está claro que não há qualquer intervenção, até porque diretor da Polícia Federal foi mantido no cargo com a mudança de governo, justamente para dar continuidade nas investigações. A competência de Jucá e seu comprometimento com o governo devem ser levados em consideração. Ele é um elemento importante no atual governo e sinceramente, se cometeu algum ato irregular, eu não sei. Deixo nas mãos do presidente”.Marun diz 'não ver nada de consistente” em gravações de Jucá

O deputado também falou sobre os primeiros dias de Michel Temer como presidente. Para Marun, o interino tem acertado em suas decisões, embora considere que alguns pontos precisam ser revistos. “É um governo em construção e, por isso, avalio que houve tantos aspectos positivos quanto decisões que podem ser questionadas. O mais importante é que é visivelmente um governo que veio com vontade de acertar, como por exemplo na diminuição de ministérios e na construção de uma base de governo sólida, competente. Entre pontos questionáveis poderia citar a composição ministerial, que gerou conflitos pela ausência de mulheres”.

Ainda justificando possíveis desacertos nos 10 primeiros dias de governo, o deputado diz que há tempo para modificar qualquer equívoco e mantém suas críticas em relação à administração de Dilma Roussef. “Não somos donos do poder e devemos estar abertos ao diálogo. Temos que ter a humildade de ouvir e não ter pudor para corrigir os rumos, assim que identificados possíveis desacertos. Levando em consideração a segunda opção que teríamos, no caso, a manutenção do PT, a mudança de governo foi com certeza uma decisão favorável, pois o PT encaminhava o país a uma tragédia”.  

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