Mais um denunciado na Lama Asfáltica muda de casa sem avisar Justiça

Oficiais não conseguem notificá-los sem novo endereço

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Oficiais não conseguem notificá-los sem novo endereço

O ex-superintendente de Gestão da Informação do Estado, Daniel Nantes Abuchaim, não foi achado pelo oficial de Justiça para ser notificado acerca da ação que pede condenação por improbidade administrativa dele e mais cinco, incluindo o ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB) e o dono da Itel, João Baird que também se mudou de casa sem deixar endereço.

De acordo com os autos, após oito tentativas, o oficial localizou na residência uma pessoa identificada como Edelvan que disse trabalhar com Daniel. “Certifico que deixei de notificar Daniel Nantes Abuchaim tendo em vista que, após várias diligências onde não havia ninguém no imóvel, encontrei ali o Sr.Edelvan que disse trabalhar para o Sr.Daniel, me mostrou que a casa está desocupada e que ele estava ali para arrumar alguma coisa e que o requerido não reside ali e que não sabe precisar seu endereço”.

No mês passado o mesmo ocorreu quando Baird foi procurado para receber notificação. Na ocasião o profissional do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) se dirigiu à própria Itel e o gerente o informou “que o intimado mudou-se para a cidade de São Paulo, mas que desconhece seu endereço atual”.

Além deles estão na lista de investigados pela força-tarefa da Operação Lama Asfáltica, o ex-secretário de Estado de Fazenda Mario Sérgio Lorenzetto e o ex-adjunto da pasta André Luiz Cance. Isso porque, segundo os autos, a empresa embolsou mais de R$ 252.529,996 milhões do Executivo estadual com serviços terceirizados em sua maioria de forma irregular.

Entre os fatos apontados pela investigação, está a ligação de Baird com o Governo do Estado que nasceu na década de 1990 e se fortificou nas duas gestões de Puccinelli. Enquanto três companhias supostamente ligadas ao empresário, Itel Informática, Digitho Brasil Desenvolvimento de Software e Outsourcing e PSG Tecnologia Aplicada, abocanhavam contratos, o peemedebista e o PMDB conseguiam doações milionárias para financiar campanha eleitoral.

No Diário Oficial do MPE (Ministério Público Estadual) do último dia 23 consta abertura de inquérito civil para apurar irregularidade na contratação da Digitho com a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) também com suposta terceirização irregular.

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