Com apoio de Délia e maioria, Braz deve ser eleito presidente na Câmara de Dourados

Disputa será contra oposição formada por DEM, PSDB e PMDB

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Disputa será contra oposição formada por DEM, PSDB e PMDB

“Eu vou votar no Braz, Braz, Braz, Braz”. Esse marcante jingle da campanha eleitoral de 1988, apontado como fundamental na vitória de Antônio Braz Genelhu de Melo para a Prefeitura de Dourados, volta a ser ecoado quase 30 anos depois. Agora, por um grupo de 10 parlamentares eleitos e reeleitos no pleito do dia 2 de outubro, dentre eles ex-adversários, que apoiam o ex-prefeito para presidir a Câmara do município distante 228 quilômetros de Campo Grande a partir de 2017.

Eleito vereador com 2.107 votos este ano, Braz Melo (PSC) é o candidato à chefia do Legislativo apoiado por Délia Razuk (PR), prefeita pelos próximos quatro anos. Na tarde de terça-feira (20), com a decisiva articulação do futuro secretário municipal de Governo Raufi Marques e do vice-prefeito Marisvaldo Zauli, ele conseguiu costurar o apoio de três parlamentares eleitos por chapas adversárias e agora conta com os 10 votos necessários para vencer a disputa contra o grupo que une DEM, PSDB e PMDB.

“Nós estamos conversando há bastante tempo, ontem sentamos aproveitando o feriado. Discutimos e o pessoal aceitou nossa proposta de fazer uma Câmara diferente, porque o pessoal que está lá tem tempo que faz a Câmara de uma maneira e propomos fazer diferente, com participação geral, porque normalmente a Câmara não dá ouvidos aos novos”, disse Braz ao Jornal Midiamax.

O candidato à presidência da Câmara faz referência ao acordo fechado com Daniela Hall (PSD) e Romualdo Ramin (PDT), de partidos que apoiaram Geraldo Resende (PSDB) na campanha pela prefeitura, e Elias Ishy (PT), que declarou independência durante o pleito por não concordar com o apoio de seus correligionários ao deputado estadual Renato Câmara (PMDB).

Esses três nomes somam-se aos de Jânio Miguel (PR), Bebeto (PR), Junior Rodrigues (PR), Carlito do Gás (PEN), Olavo Sul (PEN) e Silas Zanata (PPS), vereadores eleitos este ano que também dão corpo ao projeto de Délia Razuk para fazer Braz Melo o chefe do Legislativo.

Como a Casa de Leis tem 19 vereadores, o grupo já tem votos suficientes para eleger o presidente contra Pedro Pepa (DEM), que tem o nome articulado por parlamentares eleitos na chapa do deputado federal Geraldo Resende (PSDB). O democrata ficou com apoio dos correligionários Alan Guedes, Madson Valente e Cido Medeiros, além dos tucanos Marçal Filho, Idenor Machado (atual presidente) e Sérgio Nogueira. Pastor Cirilo (PMDB), que apoiou o deputado estadual Renato Câmara (PMDB), faz parte do grupo oposicionista.

O também peemedebista Juarez de Oliveira é cortejado pelos oposicionistas, mas até agora não declarou oficialmente para que lado vai. Sobre a possibilidade de cooptá-lo e aumentar ainda mais sua base, Braz Melo não descarta. “Com maioria a gente já tem condições de discutir outras coisas. Mas felicidade, dinheiro e voto, nunca é demais. Mas nós estamos conscientes que a eleição é dia 1º”, afirmou.

Na próxima legislatura, com início a partir de 2017, Braz Melo será o mais velho dos parlamentares, com 69 anos. Ele já foi prefeito de Dourados em duas ocasiões, de 1989 a 1992 e de 1997 a 2000. Foi na campanha de 1988, a mais acirrada da história do município, quando venceu o então deputado federal José Elias Moreira (à época no PTB) por 40 votos, que o jingle “eu vou votar no Braz, Braz, Braz, Braz” foi apontado como decisivo para reverter o que parecia uma derrota certa.

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