Azambuja vê com ‘cautela’ ideia do decreto de calamidade pública
Governos exigem repasse extra
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Governos exigem repasse extra
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), vê com cautela o propósito negociado por ao menos 14 governadores que prometem impor pressão no governo federal por recursos extras. Estados favoráveis à ideia, disseram que se não houver ajuda financeira em duas semanas, vão declarar estado de calamidade pública.
Azambuja admitiu que a situação econômica dos estados “beira o colapso”, mas acha que os governos devem pensar bem antes de declararem calamidade.
O governador sul-mato-grossense participou ontem, quarta-feira (14), em Brasília, de audiência com outros governadores e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
Lá, ele ouviu relatos de representantes de estados vizinhos com histórico econômico pior que o enfrentado por MS.
Azambuja disse que, em conversa com o governador de MT, Pedro Taques (P), soube que o estado vizinho não tem dinheiro para quitar os salários dos servidores da ativa, nem pagar a folha dos pensionistas e aposentados.
“Temos aposentados daqui [MS] que recebem por lá [MT], isso é o colapso das finanças”, disse Azambuja. Há servidores de MS que recebem por Mato Grosso do Sul porque o processo de aposentadorias e pensões destes servidores deu-se no período da divisão dos dois estados.
Pelo discurso do governador de MS, ele ainda aposta num entendimento entre os estados e o governo de Temer. “Temos de ir com cautela, pensar bem nas consequências”, disse Azambuja.
Ele também crê num acordo entre Temer e o Senado, que examina a reforma estrutural financeiro. “O Brasil não sustenta mais o sistema vigente. O Congresso precisa avançar nisso e espero que avance”, disse o governador.
Já o governador de MT, Pedro Taques cravou apoio à declaração de calamidade.
Além dessa medida, Taques afirmou que vota pelo decreto em questão e que participa ainda de outro movimento, este formado por 20 estados, para travar no Senado projetos do governo federal que definirá uma política para equacionar as dívidas públicas. Neste caso, os governos querem uma verba emergencial de R$ 7 bilhões, recurso que seria distribuídos entre os estados.
Em junho deste o ano, o governo do Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública. À época, assim que a medida foi imposta, a União liberou R$ 2 bilhões ao governo carioca.
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