2016, o ano que encerra o mandato mais tumultado na prefeitura da Capital
Houve cassação, prisões e brigas entre Executivo e Legislativo
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Houve cassação, prisões e brigas entre Executivo e Legislativo
O mandato que acaba em menos de um mês foi um dos mais movimentados na política de Campo Grande. Episódios que nunca haviam ocorrido estão agora escritos para sempre na história da cidade. Desde que foi eleito o prefeito Alcides Bernal (PP) encarou forte oposição que ao longo dos últimos 4 anos resultaram em investigações, cassação e reviravolta.
O ano de 2013 foi marcado por brigas memoráveis entre a base aliada e a oposição a Bernal na Câmara Municipal. As sessões, que até então não iam além das 11 horas da manhã, passaram a varar tardes a fio, com término às 15h ou 16h. Em junho daquele ano foi instaurada a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Inadimplência, conhecida como CPI do Calote.
Aquele era a primeira batalha de uma guerra que foi travada entre os poderes. Com a comissão findada, três meses depois, Bernal foi acusado de sete crimes, “diversos procedimentos realizados, que incorrem crimes de responsabilidade, infrações político-administrativas e crimes comuns”, dentre eles prevaricação.
Os vereadores, então, instauraram Comissão Processante para investigar o progressista. Naquele 15 de outubro de 2013 a Casa de Leis estava lotada e, por conta de protestos, a sessão foi suspensa várias vezes. Depois de oitivas, análises de documentos e sem ouvir o prefeito que não atendeu às convocações, no dia 26 de dezembro daquele ano o relatório que pedia a cassação do chefe do Executivo foi colocado em votação.
Porém, como tudo que tinha ocorrido até então, mais uma vez houve mudança no rumo dos fatos. Bernal conseguiu liminar que suspendeu a sessão de julgamento. Horas depois a Câmara obteve outra decisão judicial que retomou os trabalhos e, por fim, terceira liminar deu fim àquela sessão.
No dia 6 de março de 2014, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspendeu liminar do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), foi então que no dia 12 do mesmo mês a sessão de julgamento foi retomada. Após horas de leitura do relatório e defesa por parte do prefeito, a votação acabou com 26 votos favoráveis à saída de Bernal.
No dia seguinte o então vice-prefeito Gilmar Olarte (sem partido) tomou posse e ficou no cargo até 25 de agosto de 2015, vésperas dos 116 anos de Campo Grande. No dia em que foi afastado, junto ao então presidente da Câmara, vereador Mario Cesar (PMDB), ambos por conta da Operação Coffee Break, o TJ-MS concedeu liminar a Bernal para ele retornar à Prefeitura.
Mario Cesar voltou à Casa de Leis três meses depois, renunciou à presidência e decidiu que não iria dar continuidade à vida política, tanto que não tentou reeleição. João Rocha (PSDB) foi eleito presidente da mesa diretora. Olarte, por sua vez, tentou várias vezes retornar ao cargo, mas sem sucesso.
No dia 8 de setembro deste ano, quando ainda estava preso, o pastor renunciou aos cargos de prefeito e vice, estratégia para remeter os processos que responde à 1ª instância, tendo em vista que sem mandato ele perde o foro privilegiado. No último dia 11 de novembro, o juiz David de Oliveira Gomes Filho tornou permanente a liminar que devolveu o cargo a Bernal em agosto do ano passado.
Eleições 2016 – O prefeito tentou reeleição, mas não conseguiu bater a vice-governadora do Estado Rose Modesto (PSDB) e o deputado estadual Marquinhos Trad (PSD), que foram para o segundo turno. Seu apoio foi disputado pelos candidatos e por fim ele acabou ficando ao lado de Marquinhos, eleito prefeito na votação de 30 de outubro.
Em 2014, quando ainda estava com mandato cassado, o progressista lançou candidatura ao Senado, contudo amargou o 3º lugar, atrás da eleita Simone Tebet e do presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) Ricardo Ayache (PSB), à época do PT.
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