Vereadores reclamam de desrespeito ao regimento e baixarias nas sessões

Clima está cada dia mais tenso

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Clima está cada dia mais tenso

Os vereadores já não têm o mesmo “pulso firme” de antes durante as sessões na Câmara de Campo Grande. Até alguns dias atrás, o manifestante que gritasse ou vaiasse na sessão corria o risco de ser retirado do plenário. Com as manifestações mais intensas, os vereadores nem se arriscam a pedir protesto apenas com gestos.

Nos últimos dias, vereadores chegaram a ser chamados de ladrões, corruptos, pedófilos e vários outros adjetivos que deixam a sessão cada dia mais quente. Ontem (19) o vereador Paulo Pedra (PDT) acabou saindo do plenário para tirar satisfação com um dos manifestantes. Mas, ainda assim, entende que não seria o caso de tomar providências mais drásticas.

“Na verdade, a culpada disso que está acontecendo é a administração municipal. Professores querem que cumpram a lei e o prefeito manda os asseclas dele para tumultuar. Se fosse cumprir o regimento, teria que suspender a sessão. Mas, é isso que o prefeito quer, que a Câmara fique desgastada e o foco saia dele”, analisou.

O vereador Carlão (PSB) critica o descumprimento do regimento, inclusive entre vereadores, que pedem para falar a todo momento. Na avaliação do vereador, estão rasgando o regimento e contribuindo para que as sessões fiquem cada dia mais tensas.

Carlão afirma que se fosse o presidente, Mario Cesar (PMDB), faria sessão fechada, para evitar casos de desrespeito. “Por que os manifestantes não vão na prefeitura? Por que vão ficar no sol e sem cadeira para sentar? O regimento está sendo rasgado e a Câmara tem que tomar providência. Se for o caso, faça sessão fechada”, defendeu.

A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) evitou comentar os protestos mais acalorados, mas criticou a presença de pessoas ligadas ao prefeito nas manifestações. “Não são visitantes. São contratados do Gilmar Olarte (PP). A mesa diretora que é responsável por isso”, concluiu.

A população começou a marcar presença mais forte na Câmara durante as manifestações de 2013, quando o Midiamax divulgou o café da manhã de luxo dos vereadores. Na ocasião, manifestantes foram ao plenário e ninguém conseguiu controlar as vaias e xingamentos. De lá até os dias de hoje, várias manifestações calaram os vereadores, que hoje ouvem vaias e xingamentos durante quase todas as sessões.

 

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