Vereador que é professor diz se preocupar com exposição de crianças a pedófilos

Sem aulas, crianças estariam “à mercê de pedófilos”

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Sem aulas, crianças estariam “à mercê de pedófilos”

Com a Câmara de Campo Grande sem o movimento grevista da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) nesta quinta-feira (20), o vereador Herculano Borges (SD) usou a tribuna para se defender do que ele chamou de “ataque dos professores” e disse que fim da greve evitaria expor crianças a pedófilos. 

De acordo com o parlamentar, ele e o vereador João Rocha (PSDB) aparecem riscados em cartazes porque não votaram pelo item que incluía a falta de pagamento do reajuste de 13,01% pela Prefeitura como mais uma possível irregularidade para abertura de comissão processante contra o prefeito Gilmar Olarte.

“Sou professor com muito orgulho e tem gente neste movimento que eu acho que nem educador é. 99% do movimento é sério, mas tem uns infiltrados que estão dificultando as negociações”.

Para Borges, seria fácil usar de demagogia e votar a favor, já que ele foi o último a se pronunciar, defendeu. “Preferi agir com responsabilidade. Muitas pessoas estão buscando pelo pior, só querendo ver o circo pegar fogo e eu estou preocupado com as crianças sem aula, à mercê de pedófilos”, argumentou.

Encarado como “erro de estratégia”, Herculano disse que o item deveria mesmo ficar de fora da processante, para agilizar as negociações. “Acabaríamos o ano letivo sem discussão e sem resolver”.

Chiquinho Telles (PSD) usou a palavra para comentar Herculano. “Fizemos a nossa parte e sou a favor da greve pura, com pessoas que querem discutir, mas resolver. Entendo que o item dentro da processante fecharia as negociações, ao invés de abri-las”. 

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