Rede solidária vai beneficiar região mais vulnerável da Capital

Até 2018 unidades irão para o interior

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Até 2018 unidades irão para o interior

Mulheres solteiras, mães, com média de 38 anos, esse é o perfil de algumas das pessoas que serão inseridas no projeto Rede Solidária, lançado na manhã desta sexta-feira (13), com unidade fixada no bairro Dom Antônio Barbosa, região com cidadãos menos favorecidos financeiramente, segundo perfil socioeconômico traçado em 2014 em Campo Grande. De acordo com a estimativa o valor recebido mensalmente por cada morador é, em média, R$ 332.

Na primeira etapa do programa serão atendidas de 800 a 900 pessoas com sete módulos, sendo eles: educação, cultura e esporte; esporte e cidadão; escola da família; saúde e prevenção; segurança cidadã; voluntariado, bem como horta orgânica, trabalho e renda. Juntos eles abrangem 28 módulos que vão garantir cursos e profissionalização para inserção dos morados no mercado de trabalho.

A dona de casa Olga Balejo, 38 anos, conferiu de perto ao lançamento do projeto. Mãe de seis filhos, ela avalia que a região é carente deste tipo de iniciativa. “A população não tem acesso a esses programas, não tem condição de pagar”, disse a viúva que mora no Dom Antônio há três anos.

A opinião é compartilhada pela recicladora Genir de Almeida, 36 anos, que reside no nas proximidades há uma década. “Realmente precisamos muito de assistência, principalmente as crianças que ficam vulneráveis nas ruas porque não têm um lugar para o qual ir”.

Para algumas pessoas, a oportunidade dá mais ânimo até mesmo para continuar os estudos. Vanessa Matos é diarista, tem 36 anos e cinco filhos, ela não conta com auxílio algum para sustentar as crianças. “Ficamos aqui todos desassistidos. E educação é escassa, a maioria dos moradores é analfabeta ou tem pouco estudo, eu mesma fiz só até a 5ª série”, contou.

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Carodoso (PSDB), esteve na Capital justamente para o lançamento do Rede Solidária. Ele acredita que esse tipo de iniciativa não pode partir somente do poder público, mas também da própria sociedade.

A vice-governadora e secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, Rose Modesto (PSDB), se emocionou durante o lançamento. Ela acredita que o programa, carro chefe da pasta em que atua, será um divisor de águas na região. Até 2018 outras unidades serão espalhadas pelo Estado.

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