Partidos nanicos traçam planos eleitorais e grandes lutam contra crise

PSB e DEM já têm pré-candidatos

Enquanto partidos maiores usam o momento de crise financeira e política para justificar a demora nas articulações para a eleição do ano que vem, os chamados ‘nanicos’ e legendas de menor densidade em Mato Grosso do Sul já começaram os planos para 2016. Ontem, por exemplo, DEM, PSB e PTB se reuniram com seus respectivos filiados para traçar metas eleitorais.

Liderado pelo ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, o PTB investiu na região norte do Estado neste fim de semana. O ex-peemedebista, junto ao vice-presidente regional Paulo Estevão, estiveram em Coxim e Camapuã. O objetivo é afinar discurso e fortalecer a cúpula para aumentar representatividade nas cidades. Em Campo Grande, por exemplo, somente o vereador Edson Shimabukuro compõe bancada.

O PSB, por sua vez, fez ato de filiação na manhã deste sábado (19) para oficializar a migração do presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de MS), Ricardo Ayache, que saiu do PT após 13 anos de dedicação. A mudança ocorreu justamente porque o ex-petista não conseguiu viabilizar candidatura à Prefeitura da Capital na antiga casa. Ele ganhou visibilidade após ficar em segundo lugar na corrida pelo Senado em 2014.

O médico chegou ao evento acompanhado da presidente estadual do PSB, deputada federal Tereza Cristina, e do presidente nacional, Carlos Siqueira. Já o DEM realizou evento, também na manhã do sábado, para lançar o deputado federal, Luiz Henrique Mandetta, a prefeito de Campo Grande.

Maiores – Enquanto isso, PT, PMDB e PSDB não lançaram pré-candidatos. Nas cúpulas peemedebista e petista o clima é de indecisão, pois nenhuma tem nomes fortes para representá-las nas urnas, como em outras eleições. Ambas começaram a realizar encontros partidários, porém nada de concreto foi definido.

As Operações Lama Asfáltica e Coffee Break foram ‘banho de água fria’ nas poucas articulações que o PMDB havia iniciado. Isso porque a sigla é um dos alvos das duas apurações. O PT está engajado em limpar a imagem do partido diante de tamanha crise na qual a presidente da República Dilma Rousseff (PT) é atingida. O PSDB segue na linha do “temos que pensar no Governo do Estado”.

Tanto que na última semana o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), declarou no início da semana “não estar nem um pouquinho preocupado” com planos políticos. Ele alega que agora é hora de tentar equilibrar as contas para fechar o caixa no positivo em 2015.