Para Bernal, promotor ‘vai na contramão do MPE’ ao recorrer de decisão judicial
Prefeito questiona real motivação do recurso
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Prefeito questiona real motivação do recurso
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), voltou questionar razões do recurso impetrado pelo Promotor de Justiça Alexandre Capiberibe que tenta reverter decisão liminar que manteve o chefe do executivo no cargo.
Bernal diz que respeita MPE (Ministério Público Estadual) e se colocou à disposição do órgão e da Justiça diante do recurso para reveter decisão do juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Marcelo Ivo de Oliveira. O MPE pede afastamento de Bernal por irregularidades causados ao Município em contrato firmado com Mega Serv.
“São duas situações que precisam ser postas de forma clara. Primeiro que se trata de tema que já foi analisado pelo juiz e foi declarada inexistência de improbidade administrativa. Segundo que em relação ao contrato com esta empresa, ela continuou prestando serviços durante gestão de meu antecessor, mas o promotor Alexandre Capiberibe não reclamou na época e agora que nós retornamos por ordem da Justiça ele distribui ação que a meu ver é requentar situação que gera instabilidade politica.”
Bernal também rebateu as declarações do Promotor, que, no recurso, fez uma análise da atual gestão do progressista e afirmou que: “Também não se pode deixar de observar o estado deplorável em que se encontra o município de Campo Grande/MS, em razão da má gestão do agravado (Bernal)”. Os reflexos do descaso com o bem público são latentes e podem ser observados por todos”.
“Quando ele fala que não se pode deixar de observar estado deplorável de Campo Grande, ele omite claramente que nós reassumimos administração dia 27 de agosto e que em 45 dias resolvemos problema na saúde, na educação, com merenda. Agora ele não menciona que crise financeira é de responsabilidade de quem estava antes e quer me tornar responsável por crime praticado por uma quadrilha que foi afastada pelo Judiciário. Ele (Promotor) vai na contramão do serviço que está sendo feito pelo MPE, esta ação é no mínimo contraditória.”
Em outubro deste ano, o juiz Marcelo Ivo indeferiu pedido do MPE para afastar Bernal e alegou que não havia nos autos provas para afastar Bernal do cargo. Conforme decisão, o juiz proferiu que: ”neste momento processual, não obstante os documentos trazidos aos autos pelo requerente, entendo que há necessidade de melhor esclarecer os fatos dando ao requerido, a oportunidade de manifestação, ocasião em que poderá prestar esclarecimentos, principalmente em relação às alegadas irregularidades dos contratos mencionados na inicial”.
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