Depósitos judiciais equilibram contas, dizem deputados

Os deputados estaduais ironizaram a divulgação de que o governo de () está superavitário em R$ 48,5 milhões. Os números podem ser considerados positivos, diante da crise, mas deputados ponderam que tudo não passa de maquiagem e criticaram o aumento de impostos.

O deputado Pedro Kemp (PT), por exemplo, questionou o porquê de tanto aumento de impostos se o governador agora mostra que está superavitário. “Sempre falamos que não havia necessidade de aumentar impostos. Sempre consideramos que agravaria ainda mais a crise e o arrocho sobraria para o contribuinte”, analisou.

Na avaliação do deputado, Azambuja está decepcionando os eleitores dele, que acreditaram na promessa de não aumentar impostos durante a gestão. “Prometeu que não aumentaria os impostos e agora está fazendo o contrário. Agora vemos que não tinha nem necessidade”, criticou.

O deputado Eduardo Rocha (PMDB) também entende que a situação não é tão boa quanto parece. Quando questionado sobre esta conta que não fecha, o deputado ponderou que o governo enfrenta dificuldade, que foi amenizada por conta do projeto de lei que permite ocupar dinheiro de depósitos judiciais.

“Está tudo bem porque pegou R$ 500 milhões de depósitos judiciais. Por isso que está tudo bem. Agora você imagina se não usa. Olha o rombo que estaria”, analisou o líder do PMDB na Assembleia.

Azambuja recebeu muitas críticas, mas acabou conseguindo aprovar reajustes polêmicos, como o do IPVA e do ICMS em alguns produtos. Os carnês do IPVA têm assustado contribuintes, que chegam a pagar mais do que o dobro de imposto. São diversos os casos de suspeita de irregularidades. A reclamação é grande porque os carros perderam valor de um ano para o outro e o IPVA aumentou em vez de diminuir, o que tem provocado muitas críticas ao governo.