Investigação do Gaeco pode esfriar comissão criada para ‘aliviar pressão’

Integrantes da comissão também foram ouvidos pelo Gaeco

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Integrantes da comissão também foram ouvidos pelo Gaeco

A Câmara criou uma comissão de ética para avaliar se abre ou não uma comissão processante para afastar vereadores investigados na Operação Coffee Break, que apura possível esquema para cassar o mandato de Alcides Bernal (PP). A intenção dos vereadores parece boa, mas provoca desconfiança por conta do envolvimento dos parlamentares, seja por laços afetivos, ou pela própria participação na cassação de Bernal.

Dos cinco integrantes, três votaram a favor da cassação de Bernal (João Rocha-PSDB, Vanderlei Cabeludo-PMDB e Chiquinho Telles-PSD). Herculano Borges (SD) não cassou Bernal, mas sempre votou com o PMDB, e Ayrton do PT também foi ouvido pelo Gaeco.

O vereador João Rocha (PSDB) também integra a comissão. Ele ainda não foi ouvido, mas em uma das operações, que serviram como base para a Coffe Break, a ADNA, é citado pela vice-governadora Rose Modesto (PSDB) para conversa com Gilmar Olarte. O diálogo tinha como objetivo fechar as indicações do PSDB para cargo na Prefeitura de Campo Grande, na gestão de Olarte.

A Câmara tenta minimizar os efeitos negativos da citação de vereadores em escândalos. A criação da comissão é uma tentativa de mostrar que os vereadores estão reagindo a possível quebra de decoro dos colegas. Eles foram pressionados pelo MPE para tomarem providências, mas disseram não ter competência para afastar. Agora, criaram a comissão com promessa de analisar o caso.

Os vereadores tiveram dificuldade para criar a comissão por conta do envolvimento de vários parlamentares na investigação. O PtdoB, por exemplo, que tem três vereadores investigados (Flavio Cesar, Eduardo Romero e Otávio Trad) deu a vaga para João Rocha e o PMDB cedeu uma para Herculano Borges.

A Câmara pode ser surpreendida pela atuação da Justiça, que afastou Mario Cesar da presidência. Na ocasião a Câmara foi orientada pelo MPE a afastar Mario, mas não ouviu e acabou sendo surpreendida pela Justiça. O mesmo pode acontecer com os vereadores, caso o MPE também acione a Justiça para pedir o afastamento.

A comissão terá como objetivo julgar os vereadores Mario Cesar, Chocolate (PP), Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Jamal (PR), Gilmar da Cruz (PRB), Edson Shimabukuro (PTB) e Carlão (PSB).

 

 

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