Gaeco espera xarás para falarem sobre suposta compra de vereadores

Vereador e ex-secretário devem falar sobre o caso

Dois xarás são esperados no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ainda nesta quinta-feira (3), para falarem sobre suposta compra de vereadores para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Tratam-se do vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB) e do ex-secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur da Silva.

Ambos não constam ao que se sabe até o momento na lista de investigados sobre o suposto esquema, alvo da Operação Coffee Break. Mais cedo, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) alegou compromissos pré-agendados e conseguiu adiar o depoimento que daria também nesta quinta.

Várias autoridades estão sendo chamadas a falar sobre as suspeitas investigadas. Segundo o coordenador do Gaeco, Marcos Alex, todas as pessoas citadas em ligações telefônicas interceptadas pela polícia deverão ser chamadas, algumas mais de uma vez.

No dia 25 de agosto, mediante ordem judicial, Gilmar Olarte (PP) foi afastado da Prefeitura e Mario Cesar (PMDB) da presidência da Câmara Municipal. Além disso, o vereador, mais oito colegas – Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB) e Jamal Salem (PMDB), além do ex-vereador Alceu Bueno – e os empresários João Amorim, João Baird e Fábio Portela foram ouvidos no Gaeco na condição de investigados.

A suspeita é de que tenha havido pagamento de propina por parte dos empresários para garantir a cassação de Bernal na Câmara. Amorim e Baird são, também, alvo da Operação Lama Asfáltica, que investiga uma máfia para desviar dinheiro público de obras em várias esferas do poder público.