Em nota, deputada responde carta aberta de associações da luta dos povos indígenas
As associações dizem que Mara Caseiro chamou a campanha de apócrifa
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As associações dizem que Mara Caseiro chamou a campanha de apócrifa
Em nota, a deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) respondeu a carta aberta de um grupo formado por 108 entidades e associações que esclarecem que a campanha ‘Boicote ao Agronegócio de Mato Grosso do Sul’ não é apócrifa. De acordo com a carta, as associações dizem que Mara Caseiro chamou a campanha de apócrifa.
De acordo com as entidades, a campanha é do Conselho do Povo Terena e do Conselho Aty Guassú do Povo Guarani-Kaiowá.
Leia a nota da deputada:
· Não usou a palavra nesta manhã, durante a sessão da Assembleia Legislativa, conforme relata a matéria. Portanto, em nenhum momento, durante a sessão de hoje, a deputada classificou a campanha ‘Boicote ao Agronegócio de Mato Grosso do Sul’ como apócrifa. Ela reafirma seu posicionamento contrário à essa campanha difamatória e mentirosa que tenta desqualificar o homem do campo, que trabalha de sol a sol para produzir o alimento que chega à mesa de todos os brasileiros.
· Em conversas informais com o deputado estadual Pedro Kemp (PT), foi questionada pelo parlamentar sobre a convocação de sua cunhada, Nanci Silva, para depor na CPI do Cimi. Na sequência, esclareceu que a convocação é decorrente de denúncias recebidas, dando conta de que sua cunhada, proprietária da Agência Íris, que presta serviços de publicidade à Assembleia Legislativa, é integrante do Cimi e que confeccionou e financiou os cartazes empunhados por manifestantes em favor da CPI do Genocídio e do boicote à carne e à soja de Mato Grosso do Sul.
· “Como ela esteve à frente daquela baderna, ocorrida no dia 24 de setembro aqui na Assembleia Legislativa, e fomos informados de que ela é integrante do Cimi e que produziu os cartazes, resolvemos ouvi-la. Eu disse ao deputado Pedro Kemp que se ela não deve, não tem o que temer”, esclareceu Mara Caseiro.
· “A cada dia fica mais contundente que estamos diante de uma organização criminosa, que realmente trabalha em parceria com outras entidades com o nítido intuito de desconstruir a imagem dos nossos produtores, da nossa produção e do nosso progresso, usando a miséria das nossas comunidades indígenas para angariar recursos de organizações internacionais. Não sabemos qual é o verdadeiro intuito, mas estamos apurando, pois o que transparece é que a intenção dessas entidades é provocar a falência no nosso estado e da nação brasileira”, afirmou.
· De acordo com a deputada, eles estão preocupados em provocar a discórdia e o ódio entre os povos, em vez de buscar soluções pacificadoras e trabalhar pela evolução e desenvolvimento das comunidades indígenas.
· “Nosso produtor rural e nossos indígenas são igualmente vítimas dessa organização criminosa que ataca o nosso país, e isso não vamos mais permitir”, afirmou.
Leia a nota das associações:
“Ela (campanha) é assinada e não precisa ficar procurando, muito menos fazendo acusações infundadas na Casa de Leis como a senhora fez tentando descobrir quem fez ou quem se responsabiliza por essa luta”, diz a carta publicada na página ‘Pela CPI do Genocídio’ no Facebook.
“Mais uma vez vamos deixar claro para vossa senhoria que a decisão de lançar a campanha foi do Conselho do Povo Terena e do Conselho Aty Guassú do Povo Guarani-Kaiowá e apoiando a luta dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul, que estão cansados de ver o seu povo sendo assassinado, torturado, estuprado, sequestrado, assinam centenas de entidades, organizações e movimentos sociais e sindicais de todo o país e do mundo”.
Eles acrescentam que todas as ações são feitas de forma pública, pois não há receio. “Cansamos de ficar calados diante das barbaridades que ocorrem em Mato Grosso do Sul com o povo indígena, massacrado pela inoperância do estado brasileiro, pela violação dos direitos individuais e coletivos do capitalismo selvagem e pela força brutal de muitos que fazem parte do agronegócio e compõem a classe ruralista deste estado”.
O grupo aproveita para convidar a população para participar de protestos e mobilizações. “Portanto, mais uma vez, listamos as entidades que assinam com o Conselho Terena e com o Aty Guassú do Povo Guarani-Kaiowá essa campanha e acreditamos que todas as outras que forem necessárias para gritar em alto e bom som, que está mais do que na hora de colocar um fim ao genocídio dos povos indígenas em Mato Grosso do Sul”, finalizam e em seguida disponibilizam a lista apoiadores.
Abaixo a lista das associações:
ABA – Associação Brasileira de Antropologia
ACAÓ – Associação de Conservação Ambiental Orgânica
Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade – AFES
Alternativa Terrazul
ANEL – Associação Nacional dos Estudantes Livres
ANAI- Associação Nacional de Ação Indigenista
ANP- Articulação Nacional das Pescadoras
AMPJ – Ética, Justiça, Cidadania
AMAR Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária / Paraná
Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale S.A.
Articulação Antinuclear Brasileira (Brasil)
Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul – Arpinsul
Associação Ka’apor Ta Hury do Rio Gurupi
Associação BEM TE VI Diversidade
Associação Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania (Bahia)
Associação Ambiental Voz da Natureza (ES)
Arpinsul, – Articulação dos Povos Indigenas da Região Sul
Articulação Nacional de Quilombos
APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil)
APOINME
APROMAC Associação de Proteção ao Meio Ambiente / Paraná
Blog Amazônia em Foco
Cáritas Brasileira
CEBI – Centro de Estudos Bíblicos
Centro de Trabalho Indigenista – CTI
Centro de Defesa de Direitos Humanos do Mato Grosso do Sul – Marçal de Souza Tupã-i
Centro de Defesa de Direitos Humanos Heróis do Jenipapo
Centro de Defesa de Direitos Humanos Tomas Balduino de Atilio Vivacqua – Espírito Santo
Centro de Defesa de Direitos Humanos Nenzinha Machado
Centro de Defesa de Direitos Humanos Elda Regina
Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva – Cedefes
Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular do Acre – CDDHEP
CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço
CIMI – Conselho Indigenista Missionário
Comunità di S. Francesco Saverio, Trento – Itália
Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Piauí – CEPCTPI
Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos do Piauí – CEEDHPI
Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo – CDHPF
Comissão Pastoral da Terra – CPT
Comissão Nacional de Juventude Indígena/CNJI
COMIN- Conselho de Missão entre Povos Indígenas
CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
CPP – Conselho Pastoral de Pescadores
CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
Coletivo Terra Vermelha
Coletivo Papo de Rua
CUT – Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul
CSP – Conlutas
FBOMS
FLD – Fundação Luterana de Diaconia
Fórum Mudanças Climática e Justiça Social
Fórum de Mulheres de Mercosul/PI
Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía de Guanabara – FAPP-BG
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – FBOMS
Fundação instituto Nereu Ramos – Finer – Lages
Ibase – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
Iepé – Instituto de Pesquisa e Formação Indígena
INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos
Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN)
Instituto Internacional de Educação do Brasil
IPES – Incubadora Popular de Empreendimentos Solidários
Marcha Mundial de Mulheres
MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração.
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH
Movimento dos Pequenos Agricultores/MPA
Movimento Quilombola do Maranhão
Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil
Movimento de Apoio aos Povos Indígenas – MAPI
MMC – Movimento de Mulheres Camponesas
MNDH-SC
MNDH – RS
Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental (NINJA) da Universidade Federal de São João del-Rei
O RUA – Juventude Anticapitalista
PAD – Processo de Articulação e Diálogo entre Agências Ecumênicas Européias e Parceiros Brasileiros
Pastoral da Juventude Rural (PJR)
Plataforma de Direitos Humanos Dhesca Brasil
PJR/ TB
PSTU/MS
RBJA
Rede de Profissionais em Antropologia (PROA)
Rede Jubileu Sul Brasil
Serviços SVD de JUPIC
Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM)
Serviço Interfranciscano de Justiça, paz e ecologia – Sinfrajupe
UMAM/CG
Uma Gota no Oceano
Via Campesina do Brasil
Vivat International
Rede de Juventude Indígena/REJUIND
TPT – Tribunal Popular da Terra
Teatro Imaginário Maracangalha
TOXISPHERA Associação de Saúde Ambiental / Paraná
KOINONIA – Presença Ecumênica e Serviço
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