Depois de natal, Delcídio passa a virada do ano na prisão
Ele está encarcerado desde 25 de novembro
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Ele está encarcerado desde 25 de novembro
O senador Delcídio do Amaral (PT) continua preso no quartel da Polícia Militar em Brasília e assim deve passar a virada do ano como também ocorreu no natal. Encarcerado desde o dia 25 de novembro sob acusação de tentar obstruir investigação da Operação Lava Jato, nos bastidores, a conversa é de que o petista, antes um dos mais requisitados no Senado, não tem recebido visita dos companheiros de parlamento.
Somente a família, advogados e alguns poucos correligionários estiveram com o parlamentar neste pouco mais de um mês. A solidariedade também não surgiu por parte da executiva nacional do PT, tanto que no dia da prisão o presidente, Rui Falcão, fez questão de emitir nota desvinculando a sigla das atitudes de Delcídio.
Dias depois houve suspensão do senador por 60 dias da legenda. Decisão apoiada pelo diretório regional, pois, segundo o dirigente de Mato Grosso do Sul, ex-deputado federal Antônio Carlos Biffi, esta é a oportunidade que estão dando para que haja defesa.
Vale ressaltar que depois de não conseguir se eleger novamente à Câmara dos Deputados e alcançando apenas vaga de suplente, Biffi se tornou assessor de Delcídio, além disso foi um dos principais articuladores da campanha dele para o Governo do Estado no ano passado.
Mas se a onda de azar vem dando banho no senador desde o final de 2014 quando ele perdeu eleição para o Governo a qual considerava com grande chances de vitória, 2016 pode não mudar a maré. Isso porque a Comissão de Ética do Senado abriu procedimento para averiguar se a situação se enquadra ou não em quebra de decoro parlamentar, fato que pode acarretar em perda de mandato.
E a postura da Casa de Leis não é a das mais favoráveis para ele. No dia da prisão os senadores colocaram em votação e optaram por não derrubar pedido do STF (Supremo Tribunal Federal) responsável pelo cárcere. Como base foi usado uma gravação na qual Delcídio aparece oferecendo ‘mesada’ de R$ 50 mil para que o ex-diretor da Abastecimento da Petrobras, Nestor Cerveró, não o citasse durante delação premiada ou depoimento. Ele também sugeriu rota de fuga ao ex-integrante da estatal que está preso também em decorrência da Lava Jato.
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