Contratos de serviços não essenciais serão suspensos por 60 dias na Capital

Prefeito promete fazer devassa

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Prefeito promete fazer devassa

Para economizar e tentar estabilizar os cofres do Executivo, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), garantiu que suspenderá por 60 dias todos os contratos firmados com a Prefeitura com exceção dos serviços considerados essenciais como o da Solurb, responsável pela coleta do lixo. No entanto, mesmo esses que não podem ser suspensos imediatamente passarão por auditoria e, os que forem “inadequados”, serão também paralisados.

A auditoria já está sendo realizada e apontará verdadeiro raio-x do Executivo. “Esses contratos são referentes a produtos e serviços que não são os essenciais. A Solurb nós vamos resolver também”, explicou Bernal. “Como por exemplo tapa-buraco fantasma e eventos sem necessidade”, disse alfinetando o ex-prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), afastado na última segunda-feira (24).

Conforme ele, auditar todas as contas servirá, ainda, para fazer comparações. O secretário da Seplanflic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle) e interino da Semre (Secretaria Municipal de Receita), Disney Souza, revelou que a gestão anterior pagava R$ 60 reais no botijão de gás, sendo que Bernal desembolsava R$ 38 por unidade até maro de 2014, quando foi cassado.

“E implicavam comigo por conta do preço naquela época”, lembrou o progressista referindo-se à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Calote que analisou os contratos do Executivo na ocasião. “Então a Semad (Secretaria Municipal de Administração) vai recontratar tudo de novo, mas agora com o preço justo”, completou.

Mais cedo o secretário Municipal de Governo, Paulo Pedra, já havia antecipado que muitas contratações seriam auditadas, principalmente em relação as empresas já citadas como suspeitas na Operação Lama Asfáltica.Em entrevista à rádio Cidade, o vereador licenciado garantiu que contratação muito aditivada, ou seja, com possível superfaturamento, será cancelada imediatamente.

“Empresas que estão sob suspeita na Lama Asfáltica não podem fazer parte da prefeitura de Campo Grande e qualquer contrato absurdamente aditivado, nós vamos cancelar sim”, garantiu. Olarte (PP), já havia rompido com a Proteco Construções, de João Amorim, e não renovaria contratação com a Itel Informática, de João Baird, que vence agora em setembro.

Os dois empresários são alvos da Lama Asfáltica e também estão no desdobramento da apuração, batizada como Coffee Break. Eles, inclusive, estavam entre os depoentes na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na última terça-feira (25).

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