Após autorizar devassa em celulares de investigados, ação é arquivada

Sigilo telefônico de envolvidos na Coffee Break foi quebrado

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Sigilo telefônico de envolvidos na Coffee Break foi quebrado

Depois de autorizar quebra de sigilo telefônico dos envolvidos na Operação Coffee Break, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) arquivou ação proposta pelo MPE (Ministério Público Estadual), fato que não interfere no resultado do processo, tendo em vista que a devassa nos celulares já foi feita. Os aparelhos foram enviados para o instituto criminalista e a autorização partiu do juiz Luiz Claudio Bonassini no último dia 4.

“Defiro o pedido formulado pelo Ministério Público, autorizando o afastamento do sigilo dos dados contidos nos aparelhos de telefonia celular e respectivos chips, pertences aos investigados no presente procedimento, já apreendidos nos autos, que tenham pertinência com o objeto da investigação, notadamente aqueles referentes à agenda telefônica, aos arquivos de texto, áudio e vídeo, aos arquivos de fotos, às mensagens de texto (SMS) e às mensagens trocadas por meio de aplicativos de conversas, a exemplo do whatsapp, mediante perícia técnica supervisionada pelo Tribunal de Justiça, obedecidas as demais formalidade legais”, diz a decisão da época.

A investigação gira em torno da possível compra de votos dos vereadores para cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), feita em março do ano passado. Ao que tudo indica, o esquema foi comandado pelo empresário João Amorim, dono da Proteco Construções. A apuração é fruto do material colhido na Operação Lama Asfáltica.

Além do celular de Amorim, outros investigados tiveram os aparelhos enviados à perícia: vice-prefeito Gilmar Olarte, veredores Mario Cesar (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Jamal (PR), Airton Saraiva (DEM), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB), Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Eduardo Romero (PtdoB), Otávio Trad (PtdoB), Flávio César (PTdoB); ex-vereador Alceu Bueno; empreiteiro João Baird e ex-diretor do Instituto Municipal de Tecnologia, Fábio Portela.

Com exceção de Olarte, todos eles foram ouvidos pelo Gaeco. O ex-governador André Pucinelli (PMDB), a vereadora Carla Sthepanini (PMDB), a suplente Juliana Zorzo (PSC), também prestaram depoimento. Hoje foi a vez de a secretária de Amorim, Elza Cristina dos Santos, ser interrogada.

Ela não falou com a imprensa, mas seu advogado, Benedito de Figueiredo, o mesmo que defende o empreiteiro, disse que ela nunca realizou pagamentos em nome de Amorim e que, além de sócia minoritária, era secretária e o elo entre o empreiteiro e os empresários e políticos, apenas agendando reuniões. Inclusive o termo “cafezinho”, segundo o advogado, era o termo usado para marcar reuniões. “Era uma forma gentil da Elza de marcar reuniões para o João Amorim”, afirmou.

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