Puccinelli adota discurso mais humilde para falar da eleição em 2014

Na eleição de 2012 o governador André Puccinelli (PMDB) tripudiava de adversários, afirmando que o candidato do PMDB, deputado federal Edson Giroto, ganharia no primeiro turno. A confiança exagerada fazia o governador ignorar até aliados como o PSDB, dizendo que perderiam, assim como o PT.
A eleição foi um duro golpe para Puccinelli, que viu o PMDB perder o maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul e os inúmeros cargos conquistados em 20 anos de uma hegemonia que também garantia publicidade. A derrota acabou com a dobradinha Puccinelli e Nelsinho, que vendiam a ideia de uma dobradinha perfeita.
A derrota na urna fez Puccinelli adotar um tom bem mais humilde para falar das próximas eleições. Em final de governo e com a derrota em Campo Grande no currículo, Puccinelli não tem grandes pretensões e, frente a aproximação de antigos aliados ao senador Delcídio do Amaral (PT), prefere se conter para não se decepcionar de novo.
“Vamos ver no futuro”, declarou o governador ao ser questionado sobre a derrocada dele e do PMDB em Mato Grosso do Sul. Puccinelli adota tom mais modesto até quando o nome dele é envolvido. Questionado se ainda teria condições de alavancar o PMDB rumo a 2014, o governador que diz ter uma alta aprovação, nem se arrisca a dar palpite. “Vamos ver no futuro”, repetiu.
Puccinelli nem se atreveu a falar que ele ou os pré-candidatos Simone Tebet (PMDB) e Nelsinho Trad (PMDB) dariam conta de alavancar a candidatura. Ele preferiu falar que o partido tem o maior número de mandatos para tentar mostrar força. “O PMDB tem a maior quantidade de vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais do Estado”, disse, sendo questionado sobre a derrota em Campo Grande.
“O PMDB é um partido forte por si só. Pra mim é um orgulho estar no PMDB”, rebateu. Ao ser lembrado que a situação do partido é diferente após uma derrota no maior colégio eleitoral e o baixo prestígio de lideranças, com popularidade em baixa após escândalos na Saúde, Puccinelli também não quis se defender. “Vamos ver”, concluiu.