Dois membros da CPI da Saúde de , os vereadores Alex do PT e Cazuza, votaram contra o relatório final apresentado hoje pela relatora Carla Stephanini (PMDB), por discordarem da falta da falta de indicação para posterior indiciamento dos gestores municipais que estiveram no poder público de 1999 até 2013.

No relatório final da CPI foram indiciados os ex-diretores do hospitais do Câncer, Adalberto Siufi, do Universitário José Carlos Dorsa, além dos funcionários do Hospital do Câncer, Eva Siufi, Blener Zan, e Luis Felipe Ferraz.

“Eu esperava mais, faltou indiciamento dos gestores Nelsinho (ex-prefeito), (ex-secretário municipal de Saúde), Luiz Henrique Mandetta (ex-secretário municipal de Saúde) e até do Puccinelli quando prefeito, há quatorze anos existem indícios do mau uso do dinheiro do SUS e não vai indiciar quem faz a gestão desse dinheiro?”, Alex

Por três votos a dois o relatório final foi aprovado, também sem o pedido de indiciamento da reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Célia Regina de Oliveira e da ex-secretária estadual de Saúde Beatriz Dobashi.

“Eu fiquei satisfeita com o relatório, não concordamos com indiciamento da reitora, porque ficou comprovado a autonomia da gestão financeira pelo Hospital Universitário, mas outros objetos podem servir para a abertura de sindicâncias na UFMS ou para investigações do Ministério Público“, argumenta Stephanini.

Para a Secretaria Municipal de Saúde também não houve sugestões de sansões, segundo Carla, pois havia contratualização, e os contratos foram cumpridos. “Em geral a CPI da saúde apontou falhas, omissões e abuso de poder perante a gestão do uso do recurso público nos setores de oncologia dos hospitais Universitário e do Câncer, além de beneficiamento da empresa Neorad”, diz a peemedebista.

A CPI foi composta pelos vereadores Cazuza (PP), Alex do PT, Carla Stephanini (PMDB), Flávio César (PT do B) e Coringa (PSD). O relatório final será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE-MS), Conselho Regional de Medicina-MS (CRM-MS), Ministério Público Federal-MS (MPF-MS) e à Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).