Oposição conta com apoio de aliados e líder de Bernal para derrubar vetos e elevar salários
Dos 29 vereadores, apenas Cazuza votou com o prefeito pela manutenção do veto a emenda que aumenta de 7,5% para 15% o reajuste salarial dos servidores da saúde
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Dos 29 vereadores, apenas Cazuza votou com o prefeito pela manutenção do veto a emenda que aumenta de 7,5% para 15% o reajuste salarial dos servidores da saúde
A oposição teve apoio dos aliados e até do líder do prefeito, Marcos Alex (PT), para derrubar os vetos e garantir reajustes maiores aos servidores municipais do que o projeto original. É a primeira grande derrota de Alcides Bernal (PP) na Câmara Municipal. Dos 29 vereadores, apenas Cazuza (PP) votou pela manutenação dos vetos às quatro emendas apresentadas pela Câmara Municipal.
“Nunca vi um líder votar contra vetos do prefeito”, comentou, surpreso, o vereador Paulo Pedra (PDT). Alex alegou não poder ficar contra os servidores. Ao mesmo tempo, fez questão de destacar avanços na discussão salarial durante a gestão de Bernal.
“Nos meus três mandatos, nunca vi na Câmara uma discussão tão acalorada”, comentou. “As gestões passadas foram cercadas de médicos e nunca ninguém lembrou que os fonoaudiólogos não recebiam por plantões. Em casa de ferreiro, espeto de pau. Ainda bem que na gestão do Bernal os servidores encontraram às portas abertas”, acrescentou.
Também da base aliada do prefeito, ajudaram a derrubar os vetos os vereadores Chocolate (PP), Zeca do PT, Luiza Ribeiro (MD), Gilmar da Cruz (PRB), professora Rose Modesto (PSDB) e João Rocha (PSDB). “Respeito o prefeito, mas vou votar a favor dos servidores”, justificou Chocolate.
Zeca ponderou que iniciou sua vida pública “fazendo greve” e que, por isso, não poderia ficar contra os funcionários públicos. Rose também destacou os avanços na atual gestão. “A eleição de Bernal foi uma importante conquista do povo. Hoje, existe oposição e com oposição o povo só tem a ganhar”, avaliou.
Cazuza votou pela manutenção do veto por ver “vício jurídico”. “Não voto contra os servidores e o prefeito também não é contra, tanto que deu reajuste de 18%”, ressaltou. Sobre o vício, ele explicou que a Câmara não pode criar despesas ao Executivo.
Emendas
No total, os vereadores mantiveram as quatro emendas aos projetos de reajuste salarial. Uma delas autoriza ampliação do aumento de 7,5% para 15% a enfermeiros, odontólogos, fonoaudiólogos, veterinários, técnicos em enfermagem, assistentes sociais, farmacêuticos e farmacêuticos bioquímicos.
A Câmara também fixou em R$ 583,97 o plantão dos fonoaudiólogos nos feriados e finais de semana, além de adicional de insalubridade a todos os servidores da área de saúde e reajuste de 15% às vantagens pessoais incorporadas e outras vantagens financeiras. Segundo Luiza Ribeiro, esse último benefício só agracia servidores com altos salários, como procuradores e auditores.
Negociação
Na tentativa de evitar pelo menos o adicional de insalubridade, os secretários Wanderley Ben Hur (Planejamento) e Ricardo Trefzger Ballock (Administração) foram, nesta manhã, à Câmara para tentar evitar a derrubada dos vetos. Eles foram recebidos pelo presidente da Câmara, vereador Márcio César (PMDB), por Paulo Pedra e por Alex.
Segundo o presidente, a proposta era enviar um novo projeto incluindo as três emendas, menos o adicional de insalubridade. “A insalubridade para os servidores da saúde é um direito garantido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça)”, alegou Mário César para rejeitar a proposta.
O projeto original enviado pela prefeitura autoriza reajuste de 18% para 8.653 funcionários do setor administrativo; 15% para 1.207 médicos auditores e 7,5% para 1.080 servidores de nível superior, 16 médicos veterinários, 54 auditores de serviços de saúde, 300 odontólogos, 62 engenheiros, 54 arquitetos, 36 procuradores, 53 auditores fiscais de renda e para os 945 servidores de DCA de um a oito.
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