Funcionário de Bernal esconde nomeação e lidera adesivagem em defesa do chefe

A prática de colocar comissionados e nomeados nas ruas é velha conhecida na política de Campo Grande. Apesar de negar, pelo menos um dos cinco ‘apoiadores’ que passaram a manhã de domingo distribuindo adesivos pró-Bernal ganhou cargo público na Prefeitura.

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A prática de colocar comissionados e nomeados nas ruas é velha conhecida na política de Campo Grande. Apesar de negar, pelo menos um dos cinco ‘apoiadores’ que passaram a manhã de domingo distribuindo adesivos pró-Bernal ganhou cargo público na Prefeitura.

Cinco pessoas passaram a manhã do domingo (1) fazendo adesivagem a favor do prefeito no canteiro central próximo à entrada da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Apesar de negar, pelo menos uma delas possui cargo na prefeitura da capital.

Eles distribuem adesivos que levam a bandeira de Campo Grande e a mensagem “deixe o homem trabalhar”. Silvano Venâncio, de 40 anos, afirmou que o recado é “para os vereadores e o para o pessoal que não deixa o prefeito trabalhar”. “Ser prefeito é um direito que ele tem. Ele foi eleito pelo voto do povo”, disse.

Silvano se identificou como autônomo e disse que é “voluntário”, mas na verdade é servidor público. Silvano Venâncio de Carvalho ganhou de Bernal nomeação  na prefeitura desde o dia 4 de junho, sob a nomenclatura DCA-6.

Ele é assessor técnico III e foi designado em setembro pelo então secretário de Governo e Relações Institucionais, Gustavo Freire, para conduzir os veículos oficiais da pasta. Em uma busca no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) não consta qualquer exoneração dele.

Quem paga?

Silvano Venâncio garante ainda que o valor do material teria sido rateado entre os manifestantes. Foram feitos 1.500 adesivos, segundo ele, e mais de 500 foram distribuídos na manhã deste domingo (1).

Suspeito de irregularidades em licitações e contratos, Alcides Bernal tem sido alvo de investigação pela Câmara Municipal, mas na semana passada conseguiu pela segunda vez, na Justiça, a suspensão da Comissão Processante que poderia pedir a cassação do seu mandato.

Entre outras denúncias está também a de que o prefeito teria se apropriado indevidamente de R$ 700 mil do Sindicato dos Servidores.

Mas para os apoiadores de Bernal, o prefeito está sendo alvo de uma perseguição política.

(Matéria alterada às 10h09 para acréscimo de informações)

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