Deputado diz que fazendeiros devem recorrer de decisão e não passar por cima da Justiça

A questão da demarcação de terras em Mato Grosso do Sul está começando a ganhar contornos de conflito novamente. Isso porque após decisão judicial suspendendo o Leilão da Resistência no sábado (7), os produtores disseram em audiência pública que poderão fazer a venda dos animais nem que seja só para pagar a multa de R$ […]

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A questão da demarcação de terras em Mato Grosso do Sul está começando a ganhar contornos de conflito novamente. Isso porque após decisão judicial suspendendo o Leilão da Resistência no sábado (7), os produtores disseram em audiência pública que poderão fazer a venda dos animais nem que seja só para pagar a multa de R$ 200 mil estipulada pela Justiça pelo descumprimento. Para o deputado Pedro Kemp (PT), os fazendeiros devem recorrer da decisão, se descordam, mas não passar por cima da Justiça.

Para Kemp, os fazendeiros deveriam pensar melhor sobre a realização do leilão, mesmo com suspensão na Justiça. “Na minha avaliação, decisão judicial a gente pode ate discordar, mas ela foi feita para ser cumprida. É complicado. Quem não concorda pode contestar, entrar com recurso, mas todo mundo deve cumprir”, avaliou.

O deputado lembrou que na semana passada um representante do Ministério da Justiça e ministro-chefe da Secretária-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho estiveram em MS e pediram até dia 15 de dezembro para apresentação de cronograma. “Foi dado encaminhamento concreto em duas áreas, então o Governo está agindo, apesar de ser muito complexo. Só em MS são 29 fazendas. Então, na minha avaliação, tem que haver uma trégua”, analisou.

Questionado se teve contato com os movimentos sociais pró-indígenas ou mesmo com os índios, Kemp disse que não, mas declarou que não tem visto mais movimentações. “Eles estão tranqüilos pelo que a gente vê. Estão aguardando tanto os Terenas em Sidrolândia quanto os Guarani Kaiowá no sul do Estado”, disse.

Kemp chegou a dizer que até entende a revolta de alguns fazendeiros, que tiveram que sair de sua propriedade. “Entendo que estão impacientes, mas agora estamos tão perto de encaminhar para uma solução que deveria ter uma trégua”, encerrou.

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