Depois de faltar à oitiva e perder na Justiça, Bernal convoca coletiva para dizer que é inocente

Convocado por quatro vezes para prestar esclarecimentos na Câmara Municipal, Bernal usou recursos na Justiça e atestado médico para não aparecer. Inicialmente, ele havia garantido que enfrentaria os vereadores sem problemas.

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Convocado por quatro vezes para prestar esclarecimentos na Câmara Municipal, Bernal usou recursos na Justiça e atestado médico para não aparecer. Inicialmente, ele havia garantido que enfrentaria os vereadores sem problemas.

Convocado por quatro vezes para prestar esclarecimentos na Câmara Municipal e perder na Justiça o pedido de medida cautelar interposto para suspender o trabalho da Comissão Processante da Casa de Leis, o prefeito Alcides Bernal (PP) alega ser inocente e diz que já entregou todos os documentos provando isso e que a Comissão que não o avaliou corretamente.

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (23), Bernal disse que os documentos que provam que as licitações emergenciais feitas em sua gestão são legais já foram disponibilizados para a Câmara Municipal na época em que foram solicitados pela primeira vez. “Todos os documentos que eles pediram já estão lá. Inclusive, fornecemos três vezes”, afirmou.

Ao explicar porque não compareceu aos chamados da Câmara, disse que na primeira convocação não foi porque saiu uma decisão judicial dizendo que ele não precisava ir. Da segunda vez, não teria comparecido por orientação de seu advogado, Jesus de Oliveira Sobrinho, porque um dos membros da Comissão, o vereador Alceu Bueno estava cassado. O que tirava a sua  legitimidade . Nas outras duas ocasiões apresentou atestado médico de saúde. “Não foi a primeira vez por causa dos vícios formais. Na sequência fui orientado para não ir porque a Comissão estava incompleta. A Comissão só tem eficácia se estiver completa. Como legitimar o que não está correto”, disse sem mencionar as vezes em que utilizou atestados de saúde para escapar da oitiva.

Bernal bateu na tecla de que a Comissão Processante é questionável e que tudo se trata de um golpe político contra ele. “Nós questionamos a falta de isenção, de imparcialidade. O presidente dessa Comisssão Processante é do PMDB, partido que já lavrou em ata que vai votar pela cassação. Não está esperando concluir os trabalhos para ver se tem algo errado ou certo. Se é caso de cassação ou não”, criticou.

“E mais ainda, conforme apresentei aqui, o presidente dessa Comissão Processante foi quem homologou um contrato subindo de R$ 7 milhões  para R$ 11 milhões o serviço da Total (empresa que presta serviços nos postos de saúde). Serviço que nós conseguimos fazer por R$ 7 milhões ele estava querendo subir para R$ 11 milhões”, reclamou da atuação de Edil Albuquerque.

Mostrando o documento aditado pelo vereador e presidente da Comissão, o prefeito ainda acusou: é uma demonstração clara que ele tem participação efetiva em um contrato que não foi implementado. Um contrato que majorava o preço e que nós conseguimos reduzir. Está claro. Se ele assinou que tinha interesse em aumentar o preço para R$ 11 milhões, você acha que ele ficou contente em ter reduzido para R$ 7milhões?

Bernal encerrou a coletiva reafirmando que é inocente e que tudo se trata de um golpe político contra ele. Segundo ele, seu vice, Gilmar Olarte (PP), está envolvido. Ele mostrou uma gravação em que o cidadão Raimundo Nonato, quem pediu a abertura da Comissão, diz que Olarte teria tido uma reunião com o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), na qual os dois teriam ficado horas arquitetando um jeito para cassá-lo.

Este fato já teria sido citado pelo prefeito, mas a gravação ainda não tinha sido liberada para a imprensa. Em nenhum momento da gravação é ouvida a voz do ex-prefeito Nelson Trad Filho

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