Com suspeita generalizada de corrupção em Ribas, vereadores se calam na delegacia

Polícia Civil investiga suposta quadrilha que estaria desviando dinheiro público na Câmara Municipal com cursos suspeitos e até contratação de servidores fantasmas nos gabinetes.

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Polícia Civil investiga suposta quadrilha que estaria desviando dinheiro público na Câmara Municipal com cursos suspeitos e até contratação de servidores fantasmas nos gabinetes.

Dois dos 11 vereadores da cidade de Ribas do Rio Pardo – distante a 97 km de Campo Grande, que são alvo de investigações da polícia civil e do MPE (Ministério Público Estadual) e foram intimados nesta segunda-feira (25), compareceram à delegacia, mas se reservaram o Direito de permanecer em silêncio.

Segundo o delegado de polícia Reginaldo Salomão, os dois vereadores, entre eles o presidente da Câmara, vereador Adalberto Domingues (PRTB), não quiseram falar nada durante o depoimento. O delegado explicou, simplesmente, se calarem, inclusive, em juízo. “Podem ficar em silêncio, mas nós estamos investigando”, ressaltou, lembrando que desde julho quando a denuncia veio à tona, o curso em, que os vereadores estavam ‘supostamente’ inscritos parou.

O caso

Uma operação especial apura irregularidades em recebimento de diária por meio de certificados falsos, além de diversas irregularidades como possível contratação de funcionários de gabinete ‘fantasmas’, contratos irregulares e licitações fraudulentas.

O foco das investigações é o pagamento de diárias por cursos que os vereadores teriam realizado na cidade de Curitiba, no Paraná, entre os dias 19 e 22 de junho desse ano.

Teriam participado das ‘aulas’ o presidente da Câmara, vereador Adalberto Domingues (PRTB), Fabiano Duarte da Silva (SDD), Claudio Roberto Siqueira Lins (PTdoB), Célia Rodrigues Ribeiro (PSDB), Justino Machado Nogueira (SDD) e o funcionário Cacildo Pedro Camargo.

O MPE solicitou comprovantes de hospedagem utilizados para fazer o pagamento das diárias, mas o presidente – passando por cima da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Transparência – informou que a Mesa diretora desobrigou os vereadores de apresentar os comprovantes, por meio de decreto.

Como a câmara de Ribas paga valor fixo de R$ 750 para diárias no Estado e R$ 1,5 mil para fora de MS, os vereadores receberam R$ 30 mil ao todo, ou R$ 7,5 mil cada em apenas quatro dias, valor bem acima do salário de R$ 5,9 mil mensais.

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