Após não de dois partidos, Bernal tenta convencer PSDB a apoiá-lo na Câmara
O prefeito Alcides Bernal (PP) está sofrendo para encontrar um vereador que tenha interesse em compor a base de sustentação dele na Câmara de Campo Grande. Atualmente, ele tem apenas sete vereadores e não consegue, nem oferecendo secretarias, chegar a 10, número mínimo para ao menos não ser cassado na Câmara. O prefeito já passou por fases melhores, com […]
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O prefeito Alcides Bernal (PP) está sofrendo para encontrar um vereador que tenha interesse em compor a base de sustentação dele na Câmara de Campo Grande. Atualmente, ele tem apenas sete vereadores e não consegue, nem oferecendo secretarias, chegar a 10, número mínimo para ao menos não ser cassado na Câmara.
O prefeito já passou por fases melhores, com vereadores se oferecendo para compor a base e ajudá-lo. Porém, em meio à crise política que enfrenta, recorrendo à Justiça para derrubar Comissão Processante, Bernal tenta a duras penas encontrar quem assuma o risco de apoiá-lo em meio a várias denúncias de irregularidades apontadas pela Câmara.
Nesta semana, após um período sem ação, o prefeito voltou a assediar partidos, mas levou dois foras. O primeiro ‘não’ recebido partiu do PTB. O representante do partido, Edson Shimabukuro (PTB), até tentou trazer a sigla, mas foi voto vencido. O diretório explicou que prefere aguardar o desfecho da Comissão Processante para dizer se integra ou não a base. Há alguns meses, Shimabukuro chegou a se declarar base do prefeito, mas demonstrou infidelidade ao votar, na última hora, favorável a investigação.
Com o não do PTB, Bernal partiu para o PSB, do vereador Carlão (PSB), que ao contrário de Shimabukuro, surpreendeu ao grupo político dele quando avisou que seria contrário à Comissão Processante. Porém, desta vez, o vereador avisou o prefeito de que não é o momento oportuno para integrar a base. Carlão justificou que aceitar uma secretaria agora, como foi prometido, daria a impressão de que o partido é da “boquinha” e só está interessado em cargos.
Sem o PSB e o PTB, Bernal resolveu correr atrás do PSDB, que tem dois vereadores na Câmara: Rose Modesto e João Rocha. O partido já integrou a base de Bernal, mas Rose Modesto saiu a pedido do diretório, que por falta de espaço, anunciou independência.
O vereador João Rocha conta que o partido retomou as conversas com o prefeito, mas a negociação está sendo feita entre os dirigentes e a administração municipal. “Não tem nada definido ainda. Se o PSDB mudar, se é que vai mudar, vai chamar os vereadores para conversar”, justificou.
Na atual rodada de negociações, o prefeito ainda não procurou o PDT, que foi um dos primeiros visitados pelo secretário de Governo de Bernal, Pedro Chaves. O presidente estadual do partido, João Leite Schimidt, alega que o partido não tem condições de integrar a base de Bernal agora, mas prefere não explicar os motivos. “Impossível é Deus pecar. Mas temos alguns detalhes, que não posso explicar no momento. O que posso dizer é que no momento nós não estamos conversando com eles”, garantiu.
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