Vereadores estudam rejeitar aumento do IPTU em Campo Grande
Sem uma posição do futuro prefeito, Câmara poderá apresentar emenda com alíquota zero para o imposto
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Sem uma posição do futuro prefeito, Câmara poderá apresentar emenda com alíquota zero para o imposto
Diante do silêncio do futuro prefeito Alcides Bernal (PP), vereadores cogitam rejeitar a proposta de reajuste de 5,3% do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) apresentada pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB). A ideia é emplacar emenda coletiva com alíquota zero para o imposto.
“Na campanha, o Bernal dizia que a cidade tem muito dinheiro, então, se ele não pedir para aprovar o reajuste, vou dizer não ao projeto apresentado pelo Nelsinho, porque o povo não quer saber de aumento”, disse o vereador Carlão (PSB).
Ele, no entanto, admitiu aprovar a proposta no caso de o prefeito eleito alegar necessidade do reajuste para administrar a cidade. “Se ele for à imprensa e afirmar que a correção é importante, porque a prefeitura precisa do dinheiro para pagar salários e manter os atendimentos na saúde, não serei eu que vou retalhar”, frisou Carlão.
O vereador Paulo Pedra (PDT) engrossou o discurso e informou que o plano é apresentar emenda propondo alíquota zero para o imposto. “Se o Bernal não for à imprensa para manifestar apoio ao reajuste de 5,3%, vamos sugerir alíquota zero”, revelou. “Essa é a vontade de muitos vereadores”, acrescentou.
Cauteloso, o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi (PMDB), evitou antecipar a rejeição do aumento por ainda acreditar no diálogo com Bernal. “Tem que haver essa conversa porque é o prefeito eleito que precisa nos repassar a consciência do que pode e o que não pode”, ponderou.
Siufi destacou ainda que não é intenção dos vereadores atrapalhar a gestão do futuro prefeito. “Ele mesmo falou que a eleição acabou e nós também queremos um relacionamento harmonioso”, frisou.
Em entrevista por telefone, Bernal reforçou que é papel do atual prefeito definir o reajuste do IPTU para o próximo ano. “Essa é uma questão atinente a atual administração e a atual legislatura, então eles devem fazer o que é o melhor para atender o município”, declarou.
Ele ainda cogitou a possibilidade de os vereadores estarem ameaçando reajuste zero para forçar diálogo. “Este tipo de situação não pode ser usada para forçar o diálogo, não acho correto”, comentou. “A partir de primeiro de janeiro, eu responderei pelos meus compromissos”, concluiu.
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