Reinaldo vai reforçar denúncia contra Puccinelli por reincidência em crime de coação
A coligação “Novo Tempo” do candidato a prefeito de Campo Grande Reinaldo Azambuja (PSDB) vai juntar novas denúncias aos autos do processo de investigação contra o governador André Puccinelli (PMDB) pela prática de crime de abuso de poder político. Ele foi mais uma vez flagrado coagindo servidores públicos comissionados a votar no candidato Edson Giroto […]
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A coligação “Novo Tempo” do candidato a prefeito de Campo Grande Reinaldo Azambuja (PSDB) vai juntar novas denúncias aos autos do processo de investigação contra o governador André Puccinelli (PMDB) pela prática de crime de abuso de poder político.
Ele foi mais uma vez flagrado coagindo servidores públicos comissionados a votar no candidato Edson Giroto (PMDB), que também será novamente denunciado ao Judiciário e poderá inclusive ter o registro de sua candidatura cassado.
As novas denúncias contra Puccinelli foram publicadas nesta quinta-feira (13) pelo Midiamax. Em um arquivo de áudio gravado em reunião da qual participam servidores da Secretaria de Estado da produção (Seprodes), o governador aparece mais uma vez se valendo do cargo para constranger as pessoas a votarem no candidato governista.
“A exemplo da reunião com os funcionários da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), o governador já tinha antecipadamente a relação com os nomes dos servidores e os dos candidatos em quem eles iriam votar. Isso é crime, pois o voto é secreto e inviolável. A situação se torna mais grave ainda porque se trata do governador do Estado”, disse Reinaldo.
Em um trecho da gravação o governador Puccinelli diz que “aqui, eu este ano, eu fiz diferente, deixei as secretárias e os secretários para que eles os incumbissem (os auxiliares) em ver os cargos comissionados em quem votavam. Sem opção de candidato a prefeito”. Para Reinaldo, a fala demonstra o envolvimento de secretários e servidores do alto escalão nas irregularidades.
Ainda de acordo com Reinaldo, o governador, pelo fato de ser reincidente, deveria se afastar do processo eleitoral. “Não há a mínima condição moral para que ele permaneça no processo”, argumentou, ao lembrar que pelo fato de o abuso de poder político influenciar no resultado da eleição, “o candidato do governo também deve ser punido, com a cassação do registro de sua candidatura”.
“O áudio mostra claramente que o governador comete assédio moral e abuso do exercício de poder ao anunciar em quem as pessoas irão votar. Trata-se de atentado contra a democracia, pois o ato influencia no resultado da eleição”, frisou Reinaldo.
De acordo com a assessoria jurídica da coligação “Novo Tempo”, a punição por esse tipo de comportamento pode ser a cassação do registro de candidatura de Edson Giroto e do mandato do governador, além de multa e pena de prisão.
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