“Isso não me preocupa”, diz Puccinelli sobre panfletagem da CUT

O governador André Puccinelli (PMDB) disse que não tomou conhecimento da prisão de cinco pessoas que distribuíam cópias da reportagem “As Provas Sumiram”, da revista IstoÉ. Os trabalhadores foram detidos na última terça-feira (10) enquanto entregavam o material pelas ruas de Campo Grande. Eles foram soltos no mesmo dia. “Eu nem tomei conhecimento disso aí”, […]

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O governador André Puccinelli (PMDB) disse que não tomou conhecimento da prisão de cinco pessoas que distribuíam cópias da reportagem “As Provas Sumiram”, da revista IstoÉ. Os trabalhadores foram detidos na última terça-feira (10) enquanto entregavam o material pelas ruas de Campo Grande. Eles foram soltos no mesmo dia.

“Eu nem tomei conhecimento disso aí”, disse o governador ao ser questionado sobre a ação policial. Os trabalhadores detidos são funcionários de uma empresa contratada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores). Todos foram encaminhados para a 3ª Delegacia de Polícia.

No mesmo dia da ação, estiveram na unidade policial o secretário de governo, Osmar Domingues Jerônymo, o diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas Neto, o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos, graduados e praças da Polícia Militar e um advogado representando o Governo.

Indagado sobre a presença de membros do primeiro e segundo escalão do Governo do Estado na sede da 3ª Delegacia de Polícia, André Puccinelli minimizou e disse que Osmar Domingues Jerônymo “é secretário de governo, está para cuidar de coisas”. “Isso não me preocupa”, emendou.

No material, a revista IstoÉ destaca o desaparecimento das provas que sustentavam ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o deputado federal Edson Giroto (PMDB), pré-candidato a prefeito de Campo Grande. O parlamentar é suspeito de tentar imputar falsamente a acusação de crime eleitoral ao então candidato a deputado estadual Semy Ferraz (PT).

“As conversas entre o grupo de sustentação da campanha de André Puccinelli ao governo renderam cinco DVDs. Dois sumiram. Mas é justamente o que foi gravado nos dias 29 e 30 de setembro de 2006, com as conversas do filho do governador, que não integra o processo. Segundo Semy Ferraz, o áudio desaparecido é o que mais compromete o clã Puccinelli”, descreve trecho da reportagem.

A denúncia foi elaborada pelo MPF (Ministério Público Federal) e tramitava no STF há cinco anos. Com o sumiço das provas, as investigações contra Edson Giroto estão paralisadas. Para julgar o caso, Supremo Tribunal Federal precisa atestar a autenticidade dos grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal durante a Vintém.

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