Falsidade de vídeo contra Bernal é comprovada por dois institutos

O vídeo postado no YouTube onde, supostamente, Alcides Bernal (PP) receberia R$ 200 mil para campanha, foi considerado falso por dois institutos de perícia. Os resultados comprovam montagens que desqualificam o vídeo e evidenciam o interesse em prejudicar o candidato Alcides Bernal, que atualmente lidera as pesquisas de intenção de voto em Campo Grande.

A primeira perícia foi encomendada por Alcides Bernal no Instituto de Perícias Científicas (IPC), em Campo Grande. O laudo, assinado pelo diretor executivo Fernando Machado Klein, constatou uma “edição crassa”, evidenciando a ausência de movimento labial, enquanto que no vídeo Bernal estaria falando.

O Midiamax também encomendou uma perícia no Lebarbenchon Perícias, Negócios Imobiliários e Avaliações e a análise técnica também comprovou que o vídeo é editado e, consequentemente, montado. A conclusão foi baseada nas mesmas constatações feitas pelo IPC. A primeira é evidenciada pelo descompasso entre a fala e as imagens postadas, somada ao estranho fato de Bernal manter o olhar para cima e não para o interlocutor, pela mistura de sons e timbre, falta de movimento labial e de expressão do rosto e falhas de imagem que caracterizam cortes de filmagens.

Os peritos também detectaram irregularidades quando Bernal supostamente recebe o dinheiro para campanha. Segundo laudo, o movimento atribuído a mão de Bernal para receber o dinheiro está em desacordo com a postura do antebraço e braço. O laudo pericial também coloca em dúvida a resposta numeral de Bernal quando fala em R$ 15 milhões. Segundo o laudo, a fala é muito baixa e sobreposta a ruído externo de difícil identificação.

O laudo pericial do Lebarbenchon Perícias foi contratado pelo Midiamax quando o vídeo veio a público. A intenção é de garantir a lisura da informação, principalmente, levando em consideração que a gravação e uma possível montagem poderia interferir no resultado da eleição do próximo domingo (28).

O deputado Alcides Bernal (PP) declarou que o vídeo é uma armação grotesca com impressões digitais dos interessados em prejudicá-lo. Para provar sua inocência ele garantiu que procuraria a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral para exigir a punição do autor da “montagem”, bem como direito de resposta nos órgãos de comunicação que reproduziram a gravação.