Acadêmicos e professores da UEMS querem melhorias e protestam contra Puccinelli

Os manifestantes reclamam da redução de verbas e buscam garantir mais investimentos no ensino público. à tarde eles participam de audiência pública na Assembleia Legislativa

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Os manifestantes reclamam da redução de verbas e buscam garantir mais investimentos no ensino público. à tarde eles participam de audiência pública na Assembleia Legislativa

Para pedir autonomia universitária e um canal direto de negociação com o governo, cerca de 600 pessoas, entre estudantes e professores da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), participaram de passeata no Centro de Campo Grande nesta manhã de terça-feira (3).

O manifesto partiu às 9h30 da Praça do Rádio Clube, seguindo pela avenida Afonso Pena e ruas Quatorze de Julho e Barão do Rio Branco, até retornar à Praça, com percurso de uma hora e meia.

Vieram manifestantes dos 15 municípios do estado onde a UEMS atua para garantir investimento na educação. Ônibus da própria universidade trouxe os estudantes do interior para participar da mobilização.

 Atualmente, a Universidade Estadual possui mais de oito mil acadêmicos e 734 docentes. A presença maciça de todos não foi possível, porque segundo os organizadores, 86% dos alunos são trabalhadores.

“Buscamos a melhoria na educação”, contou o estudante de Direito, Reinaldo Cardoso de 17 anos. Já o aluno de agronomia, Henrik Roger Pelizario, de 22, deseja mais verba para o setor. “Temos que acabar com esta questão de tirar dinheiro do ensino público. Já não temos quase nada, e estão prejudicando ainda mais as universidades”, desabafou Henrik.

O coordenador do Curso de Letras da UEMS Campo Grande, Daniel Abrão diz que a classe está unida para negociar com o governo e reclama da gestão do governador do estado, André Puccinelli.

“Há quatro anos o Puccinelli retirou a autonomia universitária de 3%. Hoje temos em torno de 1,6% do orçamento, dependendo do mês. Não é o suficiente, todo o sistema está precário. Precisamos reivindicar e sermos ouvidos”, destacou o professor.

A marcha foi encerrada no Centro da Capital para uma pausa para o almoço. Em seguida, os participantes se preparam para a audiência pública realizada hoje e intitulada “Função Social da UEMS”, às 13h30, no plenário Júlio Maia, na Assembleia Legislativa.

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