‘Ela entrou de férias por esses dias’, diz Puccinelli sobre sumiço de Dobashi em plena crise na saúde de MS

A secretária, que em 6 de novembro de 2002 chegou a ser exonerada a bem do serviço público por improbidade administrativa e lesão aos cofres públicos, teria pedido ‘férias’.

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A secretária, que em 6 de novembro de 2002 chegou a ser exonerada a bem do serviço público por improbidade administrativa e lesão aos cofres públicos, teria pedido ‘férias’.

Após as denúncias da contratação de um colega do diretor da Funsau indiciado por improbidade administrativa, que levanta questionamentos sobre os contratos milionários do Governo de MS com a SPDM, a secretária de Estado de Saúde, Beatriz Figueiredo Dobashi, está ‘sumida’.

Desde a semana passada, quando a imprensa veiculou as primeiras denúncias ligando o diretor da Fundação de Saúde, Ronaldo Perches Queiroz, ao contador José Adolfo Oliveira da Silva, informações desencontradas blindam a secretária, que em 6 de novembro de 2002 chegou a ser exonerada a bem do serviço público por improbidade administrativa e lesão aos cofres públicos.

Na época, ela era secretária municipal de Saúde do então prefeito de Campo Grande André Puccinelli, que conseguiu colocá-la de volta em cargos públicos.

Dobashi está inacessível para a reportagem. No Governo, a informação é de que ela estaria gozando de férias. Mas, oficialmente, na Secretaria de Administração, ainda não chegou nenhum comunicado para publicar a designação do substituto no cargo de secretário enquanto ela está “de férias”.

Procurada para responder sobre as férias da Secretária de Estado de Saúde Beatriz Dobashi, bem em momento crítico na saúde de MS, a assessoria de imprensa do Governo do Estado não comentou o caso.

Não foi permitido, por parte da reportagem, sequer entrar em contato com o servidor apontado como secretário de Saúde em exercício, Eugênio de Barros. Ainda não foi publicada a designação dele para ocupar o cargo durante as férias da chefe.

Em evento na manhã desta quinta-feira (26) em Dourados, o governador André Puccinelli (PMDB) se limitou a dizer que a Secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi, ‘tirou férias por esses dias’.

“Ela me pediu 15 dias e eu dei, não me lembro bem quando. O que ela está fazendo eu não sei”, resumiu o governador.

Contratação suspeita

A contratação de José Adolfo, assinada por Ronaldo Perches Queiroz, presidente da Funsau, também gera constrangimento para a saúde do Estado. A assessoria do governo se limitou a informar que José Adolfo teria contrato no valor de R$ 4 mil mensais, por 12 meses.

Um empenho, no valor de R$ 4 mil, em nome de José Adolfo, foi cancelado através de publicação no Diário Oficial de MS desta quarta-feira (25).

A assessoria não soube informar se todo o contrato com José Adolfo já foi cancelado.

Ronaldo Perches foi nomeado diretamente pelo governador André Puccinelli em 31 de agosto de 2009 pelo Decreto P-3448, para exercer o cargo em comissão de “Assessoramento Superior”, símbolo DGA-Esp, na Governadoria do Estado.

Na mesma época, o antigo colega José Adolfo também quis ‘aterrissar’ na saúde pública campo-grandense. Ele tentou ser diretor na junta interventora da Santa Casa de Campo Grande, mas foi rejeitado após o currículo policial e judicial dele vir à tona.

Os dois trabalharam juntos na saúde pública de Lins, no interior de São Paulo, onde se envolveram em diferentes escândalos.

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