PMDB veta Antonieta e Murilo sai da disputa ao Senado

A composição chegou a ser comemorada na residência do prefeito Nelsinho Trad

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A composição chegou a ser comemorada na residência do prefeito Nelsinho Trad

O sonho acabou. Murilo Zauith definitivamente aposenta a sua idéia de disputar o Senado depois de uma longa noite de negociações em Campo Grande.

A região da Grande Dourados, que acalentava o sonho de ter um candidato ao Senado, vai ter que esperar além de amargar o fato de ficar de fora de todas as chapas majoritárias na eleição deste ano.

Murilo disse no início da manhã ao Midiamax que está fora da disputa e não vai concorrer a nada em 2010 a menos que o PMDB e o governador André Puccinelli reavaliem a decisão tomada na reunião de ontem à noite.

O deputado estadual José Teixeira (DEM), que participou da reunião dos Democratas com Puccinelli ontem em Campo Grande, afirmou que o encontro teve um nível elevado. Num primeiro momento, segundo ele, Murilo pediu Marun como suplente. Puccinelli descartou. Num segundo momento, Murilo pediu o nome de Edson Girotto, também descartado pelo governador. André alegou que Girotto e Marun já têm projetos eleitorais definidos.

O terceiro nome indicado por Murilo foi o da primeira-dama de Campo Grande, Antonieta Trad. O deputado Zé Teixeira disse que a esposa do prefeito Nelsinho Trad aceitou ser a primeira suplente e “tudo está registrado através de mensagens no celular do vereador Saraiva, de Campo Grande”.

Depois que terminou a reunião com o governador, Teixeira, Murilo e os demais democratas foram à residência de Nelsinho Trad falar pessoalmente com Antonieta. Tudo acertado. Murilo saía do encontro com a família Trad com a candidatura assegurada.

Momentos depois a cúpula do PMDB, segundo José Teixeira, jogou “um balde de água fria” no projeto de Murilo. “Os peemedebistas não concordaram com o nome de Antonieta e tudo o que combinado foi ao chão”, disse Teixeira, lamentado o fato de Dourados e região ter que ficar de fora da eleição majoritária.

“A cúpula do PMDB está brincando com a região da Grande Dourados”, disse o deputado do DEM ao afirmar que o PMDB está afugentando o BDR (Bloco Democrático Reformista) formado por DEM, PSDB e PPS. “Ao PMDB tudo. O BDR não pode nada. Onde eles acham que vão chegar agindo desta forma”, cobrou Teixeira que, mesmo assim, disse que vota e apoia a candidatura de Puccinelli à reeleição.

Dirigente do PMDB que pediu para não ser identificado disse ao Midiamax que “certa família” desejaria ter candidato a tudo, talvez por isso tivesse ocorrido o veto a Murilo. Mas, ficou sem resposta quando questionado pelo repórter se o nome de Anonieta seria aceito como suplente de Moka, como deseja o deputado.

O certo é que ontem, à noite, após detonarem a composição de Murilo com Antonieta, peemedebistas se encarregavam de passar informações desencontradas com o claro propósito de manter oculta a “mão” do veto. Resta saber como reagirão o prefeito Nelsinho e a própria Antonieta a propósito de eventual participação da primeira dama na chapa do deputado Moka após o veto de ontem.

Murilo disse que não desistiu da política. “Posso ainda ser candidato ao Senado este ano desde que o PMDB e o governador André Puccinelli proporcionem plenas condições de disputa”, disse o vice-governador, que, depois do Domingo de Páscoa, vai avaliar melhor o quadro e redefinir a sua carreira política.

Se ficar realmente de fora, o que se presume é que o vice-governador fica descompromissado com a campanha de Puccinelli, abrindo espaço, como sonha o PT, de ter um aliado de peso, mesmo que não oficial, na região de Dourados.

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