Falta de unidade superada pelo PT é desafio no PMDB
Problemas que outrora atingiam o PT em Mato Grosso do Sul, hoje são o principal impasse no PMDB. Divergências internas e desentendimentos entre lideranças têm vindo à tona à medida que se aproxima o processo eleitoral. O mais recente embate tem como protagonista a liderança máxima do PMDB no Estado: o governador André Puccinelli. O […]
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Problemas que outrora atingiam o PT em Mato Grosso do Sul, hoje são o principal impasse no PMDB. Divergências internas e desentendimentos entre lideranças têm vindo à tona à medida que se aproxima o processo eleitoral.
O mais recente embate tem como protagonista a liderança máxima do PMDB no Estado: o governador André Puccinelli. O vice-prefeito de Campo Grande Edil Albuquerque (PMDB) rompeu com ele e não dá sinais de que pretenda voltar atrás.
Até o ano passado, a mais comentada briga pública entre lideranças políticas se dava entre Zeca do PT e o senador Delcídio do Amaral. Foram anos de disputas internas pelo comando do partido. Hoje, ao menos publicamente, os eles mantêm relação amistosa.
A desavença chegou a ter lances baixos como o suposto complô tramado pelo deputado federal Vander Loubet, sobrinho de Zeca, contra o senador Delcídio do Amaral. No episódio que mais pareceu enredo de filme, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) prendeu o golpista Ademar Mariano se dizia agente de um suposto complô que prejudicaria Delcídio. Ao final, Vander e Delcídio desmentiram a existência de qualquer armação.
No PMDB, não foi só Edil quem se afastou de Puccinelli. O senador Valter Pereira usou a tribuna do Senado para manifestar antigas mágoas resultantes das prévias realizadas em março. Ele acusou o governador de usar a máquina a favor de seu adversário, o deputado federal Waldemir Moka que saiu vitorioso e conquistou o direito de concorrer ao Senado.
O prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) mencionou nesta semana que trabalhará para reaproximar Edil e Puccinelli. O vice-prefeito anunciou ruptura após suposta declaração do governador segundo a qual seriam eleitos senadores nas eleições deste ano Waldemir Moka (PMDB) e Delcídio do Amaral (PT).
Ocorre que com este palpite, Puccinelli excluiu a possibilidade de eleição do vice-governador Murilo Zauith (DEM) que também concorrerá ao Senado. Edil que fora convencido pelo próprio governador a aceitar ser suplente de Murilo ficou irritadíssimo com o posicionamento do governador.
Murilo desistiu de concorrer, mas após o governador negar as declarações dadas à imprensa, voltou atrás. Já Edil desanimou totalmente.
Enquanto trabalha para reaproximar as duas lideranças o próprio Nelsinho vive impasse com o governador. Puccinelli aproveitou evento público com a presença do candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, para praticamente intimar o prefeito a apoiar o tucano.
“Minha prioridade neste ano é a reeleição do André, mas eleição presidencial é outra coisa”, responde o prefeito. “Campanha se faz com quem quer. Ele [Nelsinho] é uma pessoa livre para decidir o que quer fazer”, avalia o presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento.
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