Cúpula estadual do PMDB rejeita abandonar Serra e Puccinelli ironiza votação de Dilma em MS

Após esconder José Serra no primeiro turno e a cúpula estadual do PMDB rejeitar a tentativa de aproximação com Dilma, governador reeleito de MS, André Puccinelli, ironizou o desempenho eleitoral da candidata petista no Estado.

Após passar o primeiro turno escondendo o candidato tucano José Serra e deixando correligionários “à vontade” para apoiar a petista Dilma Roussef, o governador reeleito de MS, André Puccinelli ironizou anteontem o desempenho eleitoral da candidata do presidente Lula no Estado.

Durante reunião de cúpula do PMDB estadual que decidiu por continuar com o apoio ao PSDB, ele teria dito que aguarda “a fada madrinha jogar pó de pirlimpimpim” em Mato Grosso do Sul. Foi uma referência ao termo pelo qual ele chamou a presidenciável quando queria se aproximar do governo Lula e ao fato dele não acreditar que Dilma vença Serra no segundo turno em MS.

O presidente Lula, quando esteve em Campo Grande, chegou a criticar André por ter chamado Dilma de “fada madrinha” e pouco depois ter debandado com apoio ao candidato do PSDB. Apesar de contar com apoio dividido do PMDB estadual, a candidata petista ficou atrás de Serra em Mato Grosso do Sul.

Ontem, a maioria dos dirigentes peemedebistas votou pela continuidade do apoio ao candidato José Serra. Dos 39 votos, apenas quatro queriam apoiar Dilma e acompanhar o diretório nacional do partido, que tem Michel Temer na chapa petista como candidato a vice-presidente.

André rejeitado

Em Campo Grande está o foco “rebelde” do PMDB estadual, que por sua vez é “rebelde” em relação à orientação nacional peemedebista. O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, o vice-prefeito Edi Albuquerque, o deputado federal Geraldo Resende e o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Paulo Siufi, não aceitaram o apoio a Serra.

André Puccinelli não confirmou os rumores de que teria ensaiado uma aproximação à campanha presidencial do PT supostamente pelas mãos do senador petista reeleito Delcídio do Amaral. Mas durante a reunião, o governador admitiu que até poderia estar dando apoio à base federal. “O nosso partido estava alinhado, mas fomos rejeitados”, comentou. (Com informações da Agência Estado)