Falta de manutenção em motos aumenta o número de acidentes em Dourados
Cerca de 40 mil motocicletas circulam atualmente pelo trânsito de Dourados. Desses motociclistas, 113 utilizaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência devido ocorrências registradas de acidentes envolvendo motos no período de janeiro a março deste ano. Além da imprudência no trânsito, outro fator que contribui para os acidentes é a falta de manutenção ou […]
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Cerca de 40 mil motocicletas circulam atualmente pelo trânsito de Dourados. Desses motociclistas, 113 utilizaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência devido ocorrências registradas de acidentes envolvendo motos no período de janeiro a março deste ano.
Além da imprudência no trânsito, outro fator que contribui para os acidentes é a falta de manutenção ou revisão mecânica periódica das motocicletas. Um motociclista que não quis ter o nome divulgado confessou ao Dourados News que evita as revisões periódicas para economizar. “Eu vou atrás do que é mais barato e nunca tive nenhum problema com isso. Já comprei pneu recauchutado e troquei peças velhas por seminovas”, declarou.
Já o mototaxista Edvaldo Aparecido Soares afirma que a manutenção frequente da moto é indispensável. “A gente tem que pensar que não é só a vida da gente que está sendo posta em perigo, mas a de outras pessoas também”, afirmou.
O mototaxista faz questão de fazer a revisão mensal para garantir a segurança. “Não dá pra saber se tem alguma coisa de errado, então tem que fazer a revisão. Pneu bom,freio, rolamento, troca de óleo; tem que ficar de olho em tudo isso”, afirmou.
O problema, é que por falta de informação e por achar que os preços para tal serviço são exorbitantes, a maioria das pessoas acaba não realizando cuidados fundamentais e com isso prefere economizar e colocar sua segurança em risco.
De acordo com o gerente da oficina Moto 13 de Dourados, Edson Carlos de Lima a maioria das pessoas utiliza a moto como uma forma de economia de combustível, pois a média para encher o tanque de uma motocicleta é de cerca de R$ 10 enquanto a média de um carro popular é de R$ 120. “Mesmo as pessoas que tem carro preferem usar a moto para economizar no combustível, o problema é que nesta busca por economia acabam se esquecendo de fazer cuidados básicos”.
Revisão e manutenção
De acordo com o gerente da oficina, uma revisão deve ser feita obrigatoriamente a cada três meses para que possa ser identificado problemas mecânicos e peças que precisem ser trocadas e que pode colocar em risco a segurança do condutor. “Com o tempo as peças desgastam, como em qualquer veículo, e a revisão serve para identificar essas peças”, afirmou Edson.
Os preços para tal serviços variam de R$ 50 a R$ 70, dependendo do local. Alguns pontos devem ser constantemente observados, como os pneus, os freios, o óleo e a transmissão.
Manutenção da moto
Corrente – Uma vez por semana ou a cada 500 quilômetros rodados, lubrifique a corrente para evitar o desgaste excessivo.
Freios – Verifique e ajuste a folga dos manetes e pedais de freios. Fique atento quanto à lubrificação e também aos ruídos dos freios, que podem indicar pastilhas gastas ou outros problemas.
Pneus – Para calibragem correta, verifique a recomendação do manual do veículo. Recomenda-se menos calibragem para viajar e calibragem total para andar na cidade. Procure sempre trocar os pneus em máquina de montagem, especialmente se for rodas raiadas. Após trocar, tome cuidado com as primeiras voltas, pois os pneus que vêm de fábrica contêm uma camada de cera escorregadia. Pneus de motos populares podem durar até 30 mil quilômetros rodados.
Parafusos – A alta vibração provocada na motocicleta tende a afrouxar os parafusos da carenagem. Sempre que lembrar, verifique os parufusos e deixe a moto ajustada.
Óleo do motor – Existem óleos que têm capacidade maior de duração, mas, em média, para as motos mais populares, recomenda-se o uso do óleo sintético e a troca dele a cada mil quilômetros rodados. Se perceber sons estranhos no motor, verifique o nível do óleo, que pode estar abaixo do recomendado.
Tanque cheio – Se estiver viajando, use de vez em quando gasolina aditivada para descarbonizar o motor e limpar as partes móveis. No dia a dia, se for possível, mantenha sempre o tanque cheio para evitar a formação de gotículas na parte superior do tanque, que formam ferrugem e provocam oxidação.
Bateria – No mínimo uma vez a cada seis meses, verifique o nível da água da bateria. Alguns indícios na parte elétrica, como farol enfraquecido ou descontrole da seta, podem ser sinais de que a bateria está fraca ou quase pifando.
Pezinho – Se for deixar a moto por mais de três dias parada, recomenda-se utilizar o descanso central em vez do descanso lateral.
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